Empresa chinesa de tecnologia Alibaba anunciou na quarta-feira(1) que concordou em vender sua participação majoritária na rede de hipermercados Sun Art Retail Group para a empresa chinesa de private equity DCP Capital, por 12,298 bilhões de dólares de Hong Kong, aproximadamente US$ 1,6 bilhão.
A participação de 78,7% corresponde às ações detidas por subsidiárias da Alibaba, conforme informações registradas na Bolsa de Valores de Hong Kong. As informações foram apuradas pelo jornal Valor Econômico.
Em 2020, a Alibaba investiu US$ 3,6 bilhões para adquirir uma participação majoritária na Sun Art, com o objetivo de fortalecer sua presença digital e oferecer suporte aos inúmeros hipermercados operados pela rede.
A venda da participação acontece após um aumento de 85% nas ações da Sun Art em Hong Kong no último ano, desempenho que superou amplamente a alta de cerca de 20% registrada pelo Índice Hang Seng, referência da Bolsa de Hong Kong.
Além disso, a gigante do comércio eletrônico está se desfazendo de sua unidade de lojas de departamento chinesa, Intime, mesmo enfrentando prejuízo com a transação. Essas alienações fazem parte da estratégia de reorganização do portfólio do Alibaba, visando priorizar suas operações principais, focadas no comércio eletrônico.
Alibaba: dona da AliExpress é investigada por suposta espionagem
A Alibaba, dona da AliExpress, é alvo de investigação do serviço de inteligência da Bélgica por suspeita de espionagem, informou o jornal Financial Times.
No braço logístico da gigante chinesa de e-commerce no terminal de carga em Liège, os serviços de segurança da Bélgica, segundo o Financial Times, buscam detectar “possíveis atividades de espionagem e/ou interferência” realizadas por entidades chinesas, “incluindo o Alibaba”, que, por sua vez, nega qualquer irregularidade.
Em 2018, o Alibaba assinou um acordo com a Bélgica para abrir o hub em Liège, o quinto maior aeroporto de carga da Europa, investindo € 100 milhões na economia da região da Valônia, que estava em dificuldades.
Quase dois anos após sua inauguração, o Serviço de Segurança do Estado Belga (VSSE) continua a monitorar as operações do Alibaba após avaliações dos órgãos de inteligência. Um dos alvos de análise é a introdução de sistemas de software que coletam informações econômicas confidenciais.