M&A

Alliança, de Tanure, negocia compra de rede de medicina

A rede de medicina diagnóstica, cura, compra laboratórios rivais e triplica receita

Nelson Tanure
A Alliança, anteriormente conhecida como Alliar e atualmente controlada por Nelson Tanure (Foto: reprodução)

A Alliança, anteriormente conhecida como Alliar e atualmente controlada por Nelson Tanure, está em processo de negociação para adquirir a Cura, rede de medicina diagnóstica, que faz parte da carteira da Vinci Partners desde 2018. As informações pertencem à coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo.

Cura compra laboratórios rivais e triplica receita

Nos últimos dois anos e meio, sob o controle da gestora de private equity Vinci Partners, a rede de medicina diagnóstica Cura experimentou um crescimento impressionante, triplicando de tamanho nesse período. 

Esse aumento significativo foi impulsionado por uma série de aquisições de laboratórios concorrentes localizados no Sul do país, com a mais recente sendo a compra do Lab Imagem em Londrina (PR) no mês passado. No total, a Vinci investiu aproximadamente R$ 300 milhões nessas aquisições.

Com esse substancial aporte financeiro, a receita da rede de medicina diagnóstica saltou de R$ 120 milhões para R$ 360 milhões entre meados de 2018 até o momento. Além disso, a empresa, que anteriormente possuía apenas três unidades em São Paulo, expandiu sua presença para 30 laboratórios distribuídos também nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Nelson Tanure põe mais R$ 250 mi na Alliança

Até o momento, a gestão do grupo de saúde Alliança tem se mostrado um desafio financeiro para o novo controlador. Registrando prejuízo pelo segundo ano consecutivo, a empresa de diagnósticos recebeu um aporte significativo de R$ 250 milhões de Nelson Tanure.

Este montante se soma aos R$ 200 milhões injetados por Tanure em setembro, totalizando assim R$ 450 milhões em apenas sete meses, demonstrando sua determinação em reverter a situação.

O primeiro aporte em setembro foi realizado como parte de um plano para aumentar o capital da empresa. O segundo aporte está programado para ser concluído até segunda-feira, dia 25. O conselho da empresa aprovou uma capitalização de R$ 450 milhões, formalizando assim as duas injeções de recursos. Embora os acionistas minoritários tenham direito de preferência, o percentual de ações em circulação atualmente é de apenas 6,9%, o que tem pouco impacto nesse sentido. 

Esse capital adicional deve garantir a continuidade da implementação do plano de negócios e expansão da empresa, que está passando por um período de mudanças significativas.