Amazon quer transformar Alexa em plataforma de anúncios

Foco em anúncios na Alexa pode gerar novo fluxo de receita para a Amazon

Para além de suas funções básicas, a Alexa (assistente virtual por voz da Amazon) deve ganhar novas funções para incentivar o serviço de compras por voz. A companhia tem convidado desenvolvedores para anunciar em seus aplicativos vinculados à plataforma de voz. As informações são da “Bloomberg” e foram divulgadas neste sábado (24). 

Os novos anúncios na Alexa podem gerar um novo fluxo de receita para a companhia, atraindo também novos usuários. 

Segundo informações da “Bloomberg”, a maioria dos usuários da Alexa utilizam a plataforma para coisas básicas, como pesquisas de curiosidades e cronômetro. 

Isso ocorre porque os usuários têm dificuldade de encontrar aplicativos compatíveis com a Alexa. O serviço de voz inteligente, muitas vezes, acaba atrasando a experiência do usuário, que possui um smartphone em mãos, por exemplo, e pode realizar as pesquisas rapidamente através dos mecanismos de texto.

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De acordo com Aaron Rubenson, vice-presidente da Amazon especializado em ferramentas para desenvolvedores, as promoções pagas são “algo que os desenvolvedores pediram”. 

De acordo com a Amazon, existem 130 mil aplicativos compatíveis com a Alexa. Apesar de parecer um bom número, olhando para a concorrência, a Alexa fica muito atrás na corrida da tecnologia por voz. O iPhone conta com 2 milhões de aplicativos compatíveis com a Siri (inteligência artificial por voz da Apple).

A Amazon tem como objetivo aumentar os pagamentos para desenvolvedores que possuem produtos bem construídos, para atrair mais empresas, anúncios e, consequentemente, receita para a companhia.

Vale lembrar que a Amazon tem um grande diferencial com a Alexa, que é a sua forte atuação no mercado de dispositivos domésticos inteligentes. Em setembro de 2021, a empresa contava com 200 milhões de lâmpadas, termostatos, fechaduras inteligentes, entre outros dispositivos domésticos ligados à Alexa. Hoje, são 300 milhões desses produtos. Mesmo com esses números, a Alexa não gera uma receita tão forte para a Amazon, que busca, com o investimento no serviço de compras por voz, obter um maior lucro. 

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