Uma decisão judicial obrigou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)a aprovar em 24 horas o plano de transferência da Amazonas Energia para a Âmbar Energia, do grupo J&F, dos irmãos Batista, com custo de R$ 14 bilhões em 15 anos, informou a agência nesta quinta-feira (03).
Seguindo orientação da área técnica, a agência aprovou na terça-feira (2) uma proposta prevendo um custo menor, de R$ 8,04 bilhões.
A possibilidade de realização de uma nova reunião extraordinária está sendo analisada pela diretoria da Aneel. As flexibilizações regulatórias e de eficiência aprovadas pela Medida Provisória nº 1.232, que foi publicada pelo governo em junho para possibilitar a transferência de controle, estão sendo consideradas na estimativa de custo.
Esses custos são bancados pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), via tarifa dos consumidores, segundo o “InfoMoney”.
A previsão inicial de custo era R$ 15,8 bilhões em 15 anos, porém houve uma redução a R$ 14 bilhões após a Âmbar Energia apresentar um segundo plano de transferência.
A diretora Agnes Maris votou, na terça-feira, para seguir a decisão judicial nos moldes do segundo plano, de R$ 14 bilhões.
Um prazo de 48 horas para que a Aneel aprovasse a transferência de da distribuidora da Oliveira Energia para a empresa do grupo J&F já havia sido determinado pela Justiça do Amazonas. Esse âmbito corria na proposta inicial de R$ 15,8 bilhões, mas a agência recorreu da decisão.
Conforme infome da Aneel, ela aguarda a notificação oficial da Justiça Federal do Amazonas sobre a nova decisão que obriga a transferência de controle da Amazonas Energia.
Além disso, o órgão também espera pelas orientações da AGU (Advocacia-Geral da União) quando ao cumprimento da decisão.
Eletrobras (ELET3) vende térmicas para Âmbar Energia por R$ 4,7 bi
A Eletrobras (ELET3) vende térmicas para Âmbar Energia por R$ 4,7 bi divulgou nesta segunda-feira (10) um acordo com a Âmbar Energia, resultando na venda de seu portfólio de ativos termelétricos por R$ 4,7 bilhões, além da transferência imediata do risco de crédito dos contratos de energia.
Os compradores pertencem ao grupo J&F, também donos da JBS. O acordo, iniciado em julho de 2023, permitiu à Eletrobras maximizar a valoração de seus ativos, eliminando os impactos da inadimplência nos contratos.
Os ativos incluem sete usinas no Amazonas controladas pela Eletronorte, uma no Rio de Janeiro controlada por Furnas, e o direito de reversão para reaquisição do controle de cinco usinas no Amazonas.
Esses ativos têm uma capacidade instalada total de 2 gigawatts, com prazo médio de contratação entre dois e seis anos. Em 2023, eles geraram receita de R$ 2,4 bilhões e um Ebitda de R$ 1,1 bilhão, sem dívidas ou caixa associados.
Além disso, em caso de uma operação futura envolvendo a transferência de controle da distribuidora, a companhia transferirá todos os créditos contra a distribuidora para a Âmbar.