Um contrato visando a logística reserva de garrafas de vidro foi firmado entre a Ambipar e a Heineken Brasil. No começo do contrato serão 5 anos prorrogáveis, um modelo inédito para a Heineken, sendo a primeira vez que a empresa holandesa fecha uma parceria desse tipo.
Nos termos do contrato, a Ambipar será responsável pela coleta das garrafas e cacos de vidro do pós-consumo do mercado. Dessa forma, a empresa aplicará a circularidade e evitará que as garrafas sejam destinadas a aterros sanitários.
Cooperativas de catadores, parceiros da Ambipar, farão a coleta. Atualmente, a empresa brasileira tem 282 cooperativas parceiras. Sua expectativa é que esse número chegue a 600 nos próximos 3 anos.
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O processo seguinte à coleta será de enviar os itens para nove centrais de tratamento, que serão construídas neste momento. No espaço, as garrafas serão quebradas e os cacos separados por cor e lavados, para serem vendidas para a indústria vidreira.
A construção das centrais será em três etapas: a construção deve ser ainda em 2024, outras 3 devem ser levantadas em 2025, e as últimas 3 no decorrer de 2026.
Ambipar espera R$ 400 mi ao ano em receitas
Tércio Borlenghi Júnior, CEO da Ambipar, disse que o contrato será um dos maiores da Environment hoje, segundo a Brazil Journal.
De acordo com ele, quando nove das centrais estiverem prontas e maduras, a receitas estimada para a Ambipar é de R$ 400 milhões ao ano, com um Ebitda de 25%.
“E é um contrato que pode aumentar muito ao longo dos anos, porque vamos ser convidados para fazer parte dos BIDs estratégicos para atender outras demandas de serviços ambientais da cervejaria no Brasil, reforçando nosso posicionamento no no mercado como plataforma full service,” disse Tércio.
Anteriormente, a Ambipar fechou outro contrato em sua vertical de Environment, com a Deere &¨Co, dona da John Deere, uma empresa de máquinas e implementos agrícolas.
A logística de reserva das máquinas pesadas da fabricante ficará por conta da Ambipar, começando com uma fábrica, em Indaiatuba, porém com possibilidade de chegar a sete.
Segundo Tércio, a companhia está em fase avançada de negociação de um terceiro contrato, com uma das maiores petroquímicas do mundo, que vai ser “muito maior”.
“É uma empresa que tem a meta de ser carbono zero até 2030, então tudo que ela fábrica tem que ser com produto reciclável,” disse o CEO.
A previsão é de que o contrato com a Heineken Brasil aumente em 15% a receita anual da vertical de Environment, que foi de R$ 2,6 bilhões no ano passado.
