A Americanas (AMER3) contratou Cristiano Zanin, advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Lava-Jato, e cotado para o Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado irá defender a companhia no processo contra o banco BTG Pactual (BPAC11), que briga para continuar retendo R$ 1,2 bilhão do caixa da varejista.
Além de Zanin, a companhia contratou Valeska Teixeira Zanin Martins, advogada que também atuou na defesa de Lula no processo da Lava-Jato. Ambos os advogados, que aparecem como integrantes e sócios do escritório Zanin Martins Advogados, foram listados em documento protocolado pela varejista na segunda-feira (30).
No documento, a Americanas informou também a contratação do Brito Chaves Advogados Associados, listando os nomes de sete advogados do escritório.
Ainda, segundo o texto, a finalidade das contratações é que os advogados atuem profissionalmente, em conjunto ou separadamente, independentemente da ordem de nomeação.
Americanas pede que empresas sejam impedidas de cortar luz
A Americanas pediu à Justiça na última segunda-feira (30) que determine que as concessionárias Light e Enel São Paulo sejam impedidas de interromper o serviço de energia elétrica em qualquer estabelecimento do grupo varejista “para cobrança de créditos sujeitos à presente recuperação judicial”.
No pedido de tutela de urgência, a varejista requer também que todas as prestadoras de serviços públicos e essenciais, inclusive as empresas de telecomunicações, “abstenham-se de interromper os serviços prestados ao Grupo Americanas”. A multa diária pedida pelos advogados da Americanas em caso de interrupção é de R$ 100 mil.
“Mesmo diante da imprescindibilidade dos serviços prestados pelas concessionárias e outros parceiros comerciais, após o deferimento da recuperação judicial, o Grupo Americanas foi notificado pela empresa Enel Distribuição São Paulo (“Enel”), que informou às recuperandas que os serviços de energia elétrica fornecidos aos estabelecimentos da marca Hortifruti seriam interrompidos a partir de 8.2.2023”, afirmou o texto protocolado na Justiça.
Por volta das 13h (de Brasília) desta terça-feira (31), as ações da Americanas (AMER3) avançavam 16,55%, cotadas a R$ 1,69.