A Americanas (AMER3) informou que solicitou manifestação da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes (PwC) sobre anuência para trocar o auditor independente da companhia, da PwC para a BDO RCS Auditores Independentes Sociedade Simples Limitada (BDO), mas que não recebeu resposta até a segunda-feira (17).
A varejista informou que, após uma decisão do conselho de administração em 27 de junho para mudar o auditor independente, a empresa enviou uma correspondência à PwC. Nessa correspondência, detalhou os motivos que levaram à tomada da decisão de substituir a PwC pelo novo auditor independente. No entanto, até o momento, não recebeu resposta em relação à solicitação.
“Desde então, a companhia e a PwC trocaram correspondências sobre o tema e a Americanas solicitou a manifestação da PwC sobre sua anuência, não tendo, contudo, recebido resposta até a presente data”, afirma comunicado ao mercado.
A Americanas ainda afirma que a decisão de substituir o auditor independente “não antecipa qualquer juízo de valor a respeito do trabalho da PwC até aqui, mas visa tão somente permitir que as demonstrações financeiras auditadas da Americanas sejam finalizadas e divulgadas adequadamente”.
Com isso, a BDO deverá realizar a auditoria das demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2022, bem como o refazimento das demonstrações financeiras do exercício social de 2021. Além disso, a BDO será responsável pela revisão das demonstrações financeiras do exercício social que teve início em janeiro de 2023.
Americanas (AMER3): Credor mexicano se opõe a plano de recuperação
Credora da Americanas (AMER3), com R$ 8,34 milhões a receber, a fabricante mexicana de alimentos Bimbo apresentou na quarta-feira (12) objeção ao plano de recuperação judicial da varejista. As informações são do jornal “Valor Econômico”.
No documento, os advogados da Bimbo destacam que credores quirografários (sem garantia real) não fornecedores — como é o caso da Bimbo — poderão escolher entre três modalidades de pagamento, com prazos e percentuais de deságio distintos.
“O plano de recuperação judicial, da maneira como está atualmente estruturado, fere o princípio da paridade de credores. Isso porque uma mesma classe de credores — quirografários — possui modalidades distintas de pagamento”, argumentam os advogados, em sua petição.
A Bimbo frisa ainda que, caso os credores quirografários não renunciem o seu direito de acesso à Justiça, terão que aguardar por mais 20 anos para receber apenas 20% do valor nominal do seu crédito.
Americanas: CVM determina entregar lista de minoritários
O colegiado da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) determinou que a Americanas deve fornecer a lista de seus acionistas ao Instituto Ibero-Americano da Empresa. A associação vem reunindo minoritários para se juntar ao processo de arbitragem que iniciou em janeiro, mês em que veio a público o rombo contábil de R$ 20 bilhões da varejista. A listagem é importante para arregimentar mais acionistas ao processo.