Americanas (AMER3) deve sofrer ação conjunta do Bradesco

Santander e Safra também entraram com um processo para anulação de RJ da Americanas

A Americanas (AMER3) também deve sofrer ação conjunta do Bradesco (BBDC4), após o Safra e o Santander (SANB11) entrarem com um processo na Justiça para anulação da recuperação judicial (RJ) da varejista. 

Conforme apurou o “Valor Econômico”, o Bradesco estaria estudando uma forma de tentar contornar o processo, com uma ação conjunta no Brasil e no exterior contra a empresa.  O banco chegou a cogitar pedir uma anulação da RJ em si, mas deve acabar optando por outro caminho. 

Desde que anunciou a dívida, a Americanas trava batalhas com bancos credores.  Executivos de instituições financeiras também questionam algumas decisões da Justiça favoráveis a Americanas. Com isso, mesmo aqueles que não pretendem pedir a anulação da recuperação judicial em si, estudam contestar alguns pontos.

“A RJ me parece uma medida necessária, mas algumas liminares do juízo estão concedendo à Americanas benefícios que vão além do que diz a lei, como essa questão de que não pode haver vencimento antecipado. O que nós queremos é tentar reconduzir as decisões do juízo para dentro dos limites da lei”, comentou uma fonte próxima a um dos maiores credores da Americanas, ao “Valor”.

Procurado pelo jornal, o Bradesco não comentou o assunto. 

Santander e Safra pedem anulação de RJ da Americanas

O Santander solicitou ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a anulação do processo de recuperação judicial da Americanas. O banco espanhol é o segundo maior credor da Americanas. 

A percepção de que houve fraude, a relutância dos acionistas de referência em fazer um aporte suficiente para reestruturar a operação e a estratégia jurídica adotada pela companhia levaram as instituições financeiras a endurecer as medidas contra a Americanas.

Na sexta-feira (20), o Safra,  que tem R$ 2 bilhões a receber da varejista, fez pedido semelhante. O banco também tenta suspender na Justiça a tramitação do processo de recuperação judicial. A instituição financeira argumenta que seria necessária uma perícia para determinar as reais condições da Americanas.

Por volta das 15h40 (horário de Brasília) desta terça-feira (24), as ações da Americanas (AMER3) operavam em alta de 1,25%, a R$ 0,81.