Americanas (AMER3) afirma que troca de auditoria teve anuência da KPMG

A companhia diz ainda que “reitera que o relatório apresentado à CPI é preliminar e foi entregue às autoridades competentes, que realizam suas próprias investigações”.

A Americanas (AMER3) rebateu as afirmações da sócia de auditoria da KPMG sobre a rescisão de contrato após falhas na governança da empresa. A companhia divulgoum nota esclarecendo que a substituição da auditoria externa KPMG pela PWC em 2019 foi devidamente acordada.

A respeito dos indícios apresentados pelo presidente da companhia durante uma audiência pública da CPI em junho de 2023, a Americanas reafirma que a alteração feita pela KPMG na Carta de Controles Internos teve como objetivo reclassificar a VPC de ‘recomendações que merecem atenção da Administração’ para ‘Outras Recomendações’, não sendo considerada uma deficiência significativa na governança da empresa. Essas informações foram fornecidas em resposta aos assuntos levantados na Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados que investiga a fraude na empresa.

Americanas (AMER3): Ex-CEO apresenta atestado e não depõe na CPI

Marcado para esta terça-feira (1º), um dos depoimentos mais aguardados da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a fraude fiscal da Americanas (AMER3) foi adiado. O ex-CEO da varejista, Miguel Gutierrez, apresentou atestado médico e não compareceu na Comissão.

O rombo contábil de aproximadamente R$ 20 bilhões da varejista veio à tona logo após a saída de Gutierrez do comando da companhia. 

O executivo havia pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal), na semana passada, que fosse dispensado de comparecer à CPI, mas o pedido foi negado. A corte só havia permitido que ficasse em silêncio caso não quisesse responder às perguntas.

Nesta terça, o advogado de Gutierrez protocolou um atestado médico informando que ele não está em condições de comparecer ao compromisso. Os motivos não foram divulgados.

Uma nova convocação depende do presidente da comissão, o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE).

Ex-CEO transferiu imóveis para outras empresas

Em abril, a revista Piauí publicou reportagem que revela que os investigadores que apuram a fraude fiscal na Americanas descobriram que Miguel Gutierrez transferiu alguns dos imóveis de seu nome para empresas em nome de seus parentes e dele mesmo, durante o processo de mudança no comando da varejista.