Americanas (AMER3): bancos não vão acelerar vencimento da dívida

Segundo informações da "Bloomberg", credores não irão punir Americanas por desrespeitar cláusulas restritivas de endividamento

Os bancos credores da Americanas (AMER3) não deverão “punir” a empresa por desrespeitar cláusulas restritivas de endividamento. As instituições financeiras poderiam acelerar o vencimento da dívida da varejista relacionada às “inconsistências contábeis” encontradas no balanço da empresa. As informações são da “Bloomberg”.

Os bancos teriam direito a acelerar o vencimento da dívida, já que isso é permitido quando um pacto de limite de endividamento é desrespeitado. Apesar de desconsiderarem essa hipótese, os executivos devem solicitar um aumento de capital imediato por parte da Americanas, segundo apurou a “Bloomberg”. 

Segundo a agência de notícias, os executivos/credores esperam uma injeção de capital de até R$ 10 bilhões, além de vendas de ativos, para que a empresa volte aos trilhos.

Como a Americanas entrou nessa crise? 

A Americanas entrou em crise após um anúncio feito na última quarta-feira (11) por Sergio Rial. Em fato relevante, a companhia informou que a atual gestão encontrou “inconsistências em lançamentos contábeis” em anos anteriores, incluindo o exercício de 2022, da ordem de R$ 20 bilhões.

Rial renunciou à presidência. Além disso, a varejista revelou que André Covre, Diretor de Relações com Investidores, também pediu desligamento. 

Após a notícia, no pregão seguinte, as ações da Americanas derreteram e sofreram uma queda de mais de 75% na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Os papéis, que eram cotados a cerca de R$ 12 na véspera desse anúncio, passaram a ser negociados a R$ 2,72.

No dia 11 de janeiro, a Americanas fechou valendo R$ 10,8 bi. Ontem, dia 12, fechou a R$ 2,4 bi, segundo informações de Felipe Pontes, do Economatica. 

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile