Americanas (AMER3): diretores venderam R$ 244 mi em ações pré-fraude

A cifra exata das vendas de ações feitas pelos ex-diretores vieram à tona pela primeira vez

Os ex-diretores da Americanas (AMER3) venderam cerca de R$ 244 milhões em ações da varejista ao longo do segundo semestre de 2022, pouco antes da revelação do escândalo contábil que abalou a empresa em janeiro deste ano. As informações foram divulgadas pela Coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo.

A cifra exata das vendas de ações feitas pelos ex-diretores veio à tona pela primeira vez desde a revelação do rombo contábil na empresa. Até então, apenas se sabia que os diretores haviam vendido os papéis, sem conhecimento dos valores envolvidos. Segundo as informações do de Jardim, o ex-CEO Miguel Gutierrez teria vendido R$ 156 milhões em ações da varejista. Além disso, Anna Saicali e Thimoteo Barros teriam realizado vendas de R$ 59 milhões e R$ 20 milhões, respectivamente.

Americanas (AMER3): ex-diretora transfere R$ 13 mi para filho

A ex-diretora da Americanas (AMER3), Anna Christina Ramos Saicali, transferiu ativos de sua empresa para o filho no valor total de R$ 13 milhões. Essa transferência ocorreu 20 dias antes do anúncio feito pela varejista de que havia descoberto um rombo contábil de R$ 20 bilhões.  As informações sobre a transferência de ativos de Anna Christina Ramos Saicali para o nome do filho foram reveladas pelos jornalistas Flávio Ferreira e Joanna Cunha, do jornal Folha de S. Paulo.

O presidente da companhia, Leonardo Coelho Pereira, afirmou durante depoimento na CPI que a fraude contábil nos balanços da empresa contou com a participação de pelo menos 30 funcionários, todos eles em processo de demissão. A afirmação foi feita pelo executivo durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara, que versa sobre o caso da Americanas.

No comunicado divulgado em 13 de junho pelo novo comando da Americanas, Anna Christina Ramos Saicali foi apontada como uma das participantes da fraude contábil. Seu nome foi mencionado junto com o do ex-CEO Miguel Gutierrez, bem como dos ex-diretores José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles, entre outros executivos.

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