Pós balanço

Americanas (AMER3): 'jogo está longe do fim’, diz presidente sobre 3TRI24

“Seguimos aqui no processo de transformação da Americanas em uma empresa com o volume de obrigações financeiras", disse Leornardo Coelho

Americanas (AMER3)
Americanas/ Foto: divulgação

O presidente da Americanas (AMER3), Leonardo Coelho, afirmou que os números do balanço do terceiro trimestre foram positivos, mas que o “jogo está longe de ser ganho”. A empresa realizou uma teleconferência para analistas para falar sobre os resultados nesta quinta-feira (14).

No intervalo entre junho e setembro, a Americanas registrou um lucro operacional antes do resultado financeiro de R$ 279 milhões de julho a setembro, revertendo uma perda de R$ 616 milhões um ano antes.

“Os números são bons e a performance tem melhorado, mas o jogo está longe de estar no fim e está longe de estar ganho. Tem muito desafio pela frente ainda”, disse Coelho, segundo o “Valor”.

No trimestre passado o lucro líquido da varejista atingiu R$ 10,3 bilhões, no entanto, houve um efeito direto da execução do plano de recuperação judicial. Um ano atrás, no 3º trimestre de 2023, houve prejuízo de R$ 1,63 bilhão.

“Seguimos aqui no processo de transformação da Americanas em uma empresa com o volume de obrigações financeiras, e aquelas remanescentes da recuperação judicial, basicamente equivalente ao nosso montante de caixa e recebíveis, portanto endereçando um dos pontos que a gente tinha lá atrás de equilibrar a estrutura de capital”, disse o presidente da Americanas.

Além disso, o executivo ressaltou que há um aumento na quantidade de itens vendidos e transações nas lojas físicas, porém, o digital segue em patamares mais estáveis. 

Na avaliação de Coelho, esses resultados positivos do varejo físico têm ligação com uma série de iniciativas, “entre elas o novo modelo de precificação, que está dentro do pilar estratégico do produto certo”.

“Hoje já dá para dizer que andamos bem no pilar de estancar a crise. Finalmente voltamos a focar nossos esforços na geração de caixa e crescimento”, afirmou.

Durante a teleconferência, a CFO da Americanas, Camille Faria, também declarou sua avaliação e disse que efeitos como “verbas de propaganda cooperada extemporâneas” não são consideradas pela companhia como “não-recorrentes”, mesmo sendo parte do ajuste dessa linha do balanço.

Conforme sua explicação, esses ganhos são mais imprevisíveis, mas devem seguir acontecendo com recorrência.

Americanas (AMER3) reverte prejuízo e lucra R$ 10,28 bi no 3TRI24

A Americanas (AMER3) divulgou o resultado do terceiro trimestre de 2024. A companhia registrou lucro líquido de R$ 10,279 bilhões no período, revertendo o prejuízo de R$ 1,630 bilhão.

A receita líquida ficou em R$ 3,197 bilhões, praticamente estável em comparação com o mesmo período de 2023.

A companhia teve GMV (volume bruto de mercadorias) de R$ 4,704 bilhões no período, contra R$ 4,898 bilhões no mesmo período do ano passado.

Já o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ficou em R$ 547 milhões, revertendo o valor negativo de R$ 368 milhões no ano passado. Ebitda foi negativo em R$ 2,80 bilhões no ano de 2023. A receita líquida foi de R$ 14,942 bilhões em 2023.

“Eliminamos quase a totalidade das dívidas concursais e transformamos a Americanas em uma empresa com dívida equivalente ao seu volume de caixa e recebíveis, endereçando a estrutura de capital. A reestruturação também resultou na reversão do patrimônio líquido da companhia de R$ 30,4 bilhões negativos em junho de 2024 para R$ 5,7 bilhões positivos no fim de setembro de 2024”, disse a companhia no comunicado de anúncio dos resultados.

É o primeiro balanço apresentado pela companhia desde a capitalização e pagamentos da maior parte dos credores.

A companhia destacou que o lucro foi impactado por diversos efeitos decorrentes da execução do Plano de Recuperação Judicial e da quitação das dívidas concursais.

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