O plano de recuperação judicial da Americanas (AMER3) foi recusado pelos detentores de debêntures da empresa. O projeto foi rejeitado por 100% dos presentes nas reuniões realizadas nos dias 29 e 30 de maio. Os encontros reuniram apenas os donos de títulos da dívida da empresa, que representam boa parte dos credores.
Com isso, foi marcado para os dias 26 e 27 de junho novas reuniões quando serão apreciados também outros pontos que estavam na pauta e que não foram votados.
A Americanas entrou em recuperação judicial em 19 de janeiro com uma dívida de mais de R$ 40 bilhões.
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Na primeira versão do plano de recuperação, divulgada em 20 de março, está previsto um aumento de capital de R$ 10 bilhões a ser realizado pelos acionistas de referência: Marcel Telles, Beto Sicupira e Jorge Paulo Lemann, que são sócios da 3G Capital. Essa injeção de recursos financeiros tem como objetivo fortalecer a empresa e contribuir para sua reestruturação.
A proposta reflete o compromisso dos acionistas em apoiar a recuperação e garantir a continuidade das operações da empresa.
Americanas (AMER3): CPI quer presença de ex-presidente e de sócios
A CPI da Americanas (AMER3) aprovou, nesta terça-feira (30), o convite para que o ex-presidente da varejista, Miguel Gutierrez, compareça à Câmara dos Deputados e preste esclarecimentos sobre a crise contábil que abalou a empresa. Gutierrez liderou a companhia durante o período em que ocorreram as “inconsistências contábeis” que resultaram no pedido de recuperação judicial.
“Essa Casa merece respeito e não vamos admitir blindagem de quem quer que seja”, destacou o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA). De acordo com informações do Valor Econômico, Nascimento prestará depoimento sobre possível uso de informação privilegiada, entre outros temas relacionados ao mercado de capitais dentro da crise da Americanas.
Outros dois sócios também foram convidados a comparecerem à Câmara: João Pedro Nascimento, presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Fernando Alves Filho, sócio da PwC Brasil, e Carlos Munhoz, sócio da KPMG prestaram esclarecimentos no Congresso.
A CPI da Americanas aprovou, também, requerimentos para que os administradores da recuperação judicial da empresa, os principais bancos credores da varejista e a B3 sejam ouvidos pelos parlamentares.
