Americanas (AMER3) anuncia mudança no comitê independente

Conselho de Administração da varejista criou comitê para investigar "inconsistência contábil" de R$ 20 bilhões

A Americanas (AMER3) anunciou, nesta quinta-feira (19), uma mudança no comitê independente: sai Pedro Mello e entra Eduardo Flores. O Conselho de Administração da varejista criou este comitê para investigar a inconsistência contábil de R$ 20 bilhões e entender, de fato, o que aconteceu.

Eduardo Flores é professor do departamento de contabilidade e atuária da FEA/USP. Ele é consultor e parecerista desde 2012, com experiência em contabilidade e finanças. Desde 2016, Flores é membro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, representando a CNI.

Coordenador técnico do Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade, também atuou como presidente do conselho fiscal da Via Varejo (VIA3), de abril de 2018 a abril de 2019, além de ter feito parte do conselho fiscal do GPA (PCAR3), de abril de 2017 a abril de 2018. Flores também incorporou o mesmo conselho do Assaí (ASAI3), entre 2021 e 2022.

Americanas (AMER3): BTG consegue bloquear R$ 1,2 bi em recursos

A Americanas (AMER3) foi derrotada na Justiça pelo BTG Pactual (BPAC11). O banco conseguiu bloquear R$ 1,2 bilhão da varejista, segundo decisão do desembargador Flávio Marcelo de Azevedo Fernandes, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A decisão ainda é liminar. 

De acordo com o magistrado, a proteção obtida pela Americanas antes de uma possível recuperação judicial não pode garantir que a empresa tenha livre acesso ao recurso, em especial do risco de um eventual calote aos credores.

“A medida cautelar em caráter antecedente à recuperação judicial é medida que visa resguardar a preservação da atividade empresária. No entanto, há necessidade de diligência com o fim de se evitar a utilização do instrumento como meio de fraude a credores, sob pena de se esvaziar o próprio intuito da Lei”, afirmou Fernandes. 

Por conta disso, o juiz determinou que o valor fosse bloqueado até a apreciação do mandado de segurança pedido pelo BTG. “Assim, reservo-me a um exame mais detido do pedido por ocasião do julgamento definitivo”, escreveu o magistrado, que deu 10 dias para que a Americanas preste mais esclarecimentos ao tribunal.