Analistas avaliam venda da Braskem como 'positiva para todos'

A Petrobras e a Novonor já entraram com pedido de follow-on na CVM e na SEC para efetuarem a venda da companhia

Os analistas de algumas das principais casas de análise do Brasil avaliaram a venda da Braskem (BRKM5) pela Petrobras (PETR3;PETR4) e Novonor como “positiva para ambos os lados”. As  duas principais acionistas da companhia já protocolaram o pedido de oferta secundária de ações (follow-on) tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos, para poderem realizar a venda de sua participação na Braskem. 

Em relatório, a XP ressaltou que vê a confirmação do processo de desinvestimento das ações da BRKM5 como “positiva” para a Petrobras, já que a preços atuais de mercado (R$ 51,16 por ação no último fechamento) a empresa pode receber cerca de R$ 4 bilhões com essa venda.

“Lembramos que a Petrobras ainda detém 212,4 milhões de ações BRKM3 (cerca de R$ 11 bilhões). Uma participação que a empresa também pretende alienar”, aponta a casa. A recomendação da XP para os papéis preferenciais da petroleira (PETR4) é de compra, com preço-alvo de R$ 45,30, um potencial de alta de 44% frente ao fechamento de sexta-feira (14).

A Levante Ideias de Investimento também destacou que o follow-on é positivo para todas as partes envolvidas na operação, e enfatizou que o processo é essencial para o plano de recuperação judicial da Novonor.

Em relação a Petrobras, a Levante ressalta que a venda vai em linha com seu plano de desinvestimento em ativos não core. Após a conclusão da operação, a expectativa é que boa parte dos recursos levantados sejam distribuídos aos seus acionistas, visto que a companhia atingiu sua meta de endividamento antes do previsto, podendo chegar a uma distribuição recorde de proventos neste ano.

Vale ressaltar que as ações da Braskem foram o segundo ativo que mais valorizou no Ibovespa no acumulado de 2021, somando alta de 176% ao longo do ano. A companhia se beneficiou com a alta do dólar e de commodities e a divulgação do processo de desinvestimento pela Petrobras e da Novonor.