O Grupo SBF (SBFG3), controlador das operações da Centauro, apresentou uma recuperação de “V” na retomada do comércio com a aceleração da vacinação contra a covid-19. O movimento fez analistas enxergarem a empresa com bons olhos após a divulgação de seu balanço.
A companhia registrou um lucro líquido de R$ 221 milhões no terceiro trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 33 milhões de um ano antes. O resultado foi divulgado na quinta-feira (11) e superou em 475% o lucro do período entre julho e setembro de 2019, momento em que a pandemia não afetava a economia.
“A companhia entregou uma curva de recuperação muito mais acentuada do que o esperado originalmente – a chamada recuperação em ‘V’ – , o que nos surpreendeu positivamente”, disse Georgia Jorge, do BB Investimentos, ao Money Times.
Ela destacou que os papéis da SBF tiveram perdas de 12,6% desde o início de 2021, o que reflete um receio do mercado em relação ao cenário macroeconômico e os feitos sobre as vendas e a rentabilidade.
“Ao nosso ver, diante dos robustos resultados que o Grupo SBF tem apresentado trimestre após trimestre, sinalizando uma companhia capaz de entregar a construção de um ecossistema esportivo, conforme sua estratégia atual, essa preocupação não se justifica”, explica.
Ela manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 43,30 por ação.
“Este é um resultado marcante do Grupo SBF, com rápida recuperação das vendas da Centauro (+24% na comparação com o mesmo período de 2019), ao lado de margem bruta superior, demonstrando a força do modelo de negócios e a execução da empresa. Os comentários da administração são cheios de confiança e é claro que a empresa “saiu da Covid” em uma posição mais forte do que entrou na pandemia”, disseram os analistas Richard Cathcart e Flavia Meireles, da Ágora Investimentos e Bradesco BBI.
O banco aumentou o preço-alvo para as ações, de R$ 34 para R$ 35.