O Conselho da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou, por unanimidade, o pedido de prazo adicional de 60 dias para o lançamento da nova rede 5G. Originalmente, as operadoras teriam até 31 de julho para ativarem a internet móvel de quinta geração nas capitais estaduais. Com o adiamento, o novo prazo para conclusão da implementação das redes termina em 29 de agosto, com a ativação do sinal em até 30 dias.
A decisão da Anatel é referente à faixa de 3,5 gigahertz (3,5 GHz) e beneficia as operadoras que compraram licenças no leilão realizado no fim de 2021. No edital dos lotes, já estava prevista a possibilidade de extensão do prazo.
O pedido de adiamento foi solicitado por Moisés Queiroz Moreira, presidente do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência da faixa de 3.635-3.700 MHz (Gaispi).
O motivo para o prazo adicional decorre de uma limpeza na faixa de 3,5 GHz, a fim de evitar interferências no tráfego do sinal de 5G com os sinais de TV para antenas parabólicas. Com isso, as teles relataram demora no recebimento de aparelhos para limpeza da faixa.
Além do 5G, Anatel tem como meta estabelecer nova operadora para 2022
Em maio, o presidente da Anatel, Carlos Manuel Baigorri, confirmou que não medirá esforços para implementar um novo operador de serviços móveis no Brasil.
Em entrevista ao “Estadão”, Baigorri confirmou que o quarto operador poderá atuar de maneira diferente nas regiões do Brasil, a fim de competir com as compradoras da Oi (OIBR3), as operadoras Tim (TIMS3), Vivo (VIVT4) e Claro.
Baigorri destacou que as companhias que podem se tornar a quarta maior do País ainda não possuem operação celular, apenas fibra óptica. Assim, o presidente da Anatel reforçou a importância de oferecer ofertas de referência de roaming e também compartilhamento de espectro.