O grupo Alife Nino, dono do famoso restaurante Nino Cucina, recebeu mais de R$ 100 milhões de um fundo de private equity da XP, em 2021. Responsável por 31 estabelecimentos, alguns que praticamente ocupam um quarteirão inteiro da rua Jerônimo da Veiga, em São Paulo, o grupo teve parte da participação societária adquirida.
Após um longo período sob efeito da pandemia de covid-19, Alessandro Ávila, CEO do grupo Alife Nino, contou ao portal “Bloomberg Línea” que “a pandemia foi horrorosa”, mas por conta do caixa cheio, a sociedade apenas demitiu funcionários em experiência, mantendo os que já faziam parte dos estabelecimentos antes da pandemia de Covid-19. Nesse período, o grupo inaugurou o serviço de delivery nos restaurantes da rede, que atualmente representa 5% da receita mensal da associação e 15% do faturamento do Nino.
Segundo Ávila, no período mais difícil da pandemia, o faturamento do grupo caiu mais de 50%, mas uma estratégia ousada de expansão e de abertura de novas participações acabou mitigando a crise.
Em 2022, estão previstos a abertura de 17 novos estabelecimentos por todo o Brasil. Alessandro revela que novos bares e restaurantes serão inaugurados em destinos como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Goiás, Recife, Brasília, Fortaleza e Salvador. Com as novas aberturas, o grupo estima um faturamento de R$ 350 milhões em 2022 e de R$550 milhões em 2023.
O grupo Alife Nino, além do Nino Cucina, possui 15 marcas e 31 estabelecimentos e 850 funcionários. De acordo com Ávila, o plano da companhia é chegar a 1.300 colaboradores até o final de 2022. Mesmo com a dificuldade de encontrar mão-de-obra qualificada, Alessandro mantém o otimismo e diz que o grupo quer “crescer 30% a 40% ao ano nos próximos anos”. O CEO da companhia ainda revela que o grande desafio da expansão são os aluguéis, que chegam a R$1 milhão.