O app 99 demitiu cerca de 100 pessoas na última semana, segundo informações do “Estadão”. A empresa de transporte por aplicativo, controlada pela chinesa Didi Chuxing, confirmou os cortes, mas não divulgou o número de profissionais afetados.
Em nota, o app 99 afirmou que a única área impactada pelos cortes foi a de relacionamento com o cliente. A equipe de “CX” (área de experiência do cliente) foi a mais afetada. Segundo ex-funcionários, a startup planeja terceirizar o atendimento ao cliente.
A empresa afirma que “trabalha com empresas parceiras nessa área desde 2017”. Na nota, a companhia também salienta que passa por mudanças na estrutura para atender melhor a operação. Além do serviço de transportes, a 99 opera um delivery de comida, o 99Food.
Ainda de acordo com à publicação, o departamento de relacionamento serve como um guarda-chuva para diferentes áreas da empresa, como segurança, delivery e mídias sociais. No entanto, a Startup ressaltou que não houveram demissões na 99Food.
Ex-funcionários afirmaram que a companhia ofereceu um terço do salário como rescisão de contrato e plano de saúde até o final do mês. É um pacote mais modesto do que o ofertado por outras startups nacionais em 2022.
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Os cortes reforçam o ano difícil da Didi Chuxing, empresa chinesa que controla a startup. Ela vem enfrentando dificuldades de crescimento, após enfrentar problemas regulatórios com o governo chinês.
Em julho, autoridades do país declararam uma possível multa no valor de US$ 1 bilhão, após uma investigação nas suas práticas de cibersegurança. Antes, a empresa foi removida das lojas de app no país.
No início deste ano, a Forbes noticiou que a Didi planejava cortar, ainda naquele mês, 20% de seus funcionários – a publicação estimou que isso era equivalente a 3 mil pessoas apenas no mercado chinês. Não é possível saber, porém, se os cortes no Brasil são parte de um plano global da companhia.
O app 99 não é o único a passar por dificuldades. Por conta da crise global macroeconômica pós-pandemia e agravada pela guerra na Ucrânia, diversas startups brasileiras e estrangeiras com operações no País vêm experimentando um cenário adverso desde abril.
