A Apple (AAPL34), criadora do iPhone, está trabalhando às escondidas para aumentar suas capacidades em inteligência artificial (IA). A empresa tem feito várias aquisições, contratações de funcionários e atualizações de hardware com o objetivo de levar a IA à próxima geração de iPhones.
A atenção da empresa está centrada no obstáculo tecnológico que é executar a IA em dispositivos móveis. Segundo a Folha de S. Paulo, dados da indústria, artigos acadêmicos e informações de especialistas dos bastidores do setor sugerem o movimento da empresa.
A Apple (AAPL34), dentre as gigantes de tecnologia, tem se esforçado mais na compra de startups de IA. Ela chegou a adquirir 21 empresas desde o início de 2017, conforme pesquisa da PitchBook. O negócio mais recente foi em 2023, a compra da startup WaveOne, na Califórnia, que oferece compreensão de vídeo com IA.
Daniel Ives, da Wedbush Securities, afirma que a empresa está se preparando para fazer algumas fusões e aquisições significativas. “Ficaria chocado se eles não fizessem um acordo de IA considerável este ano, porque está acontecendo uma corrida armamentista de IA, e a Apple não vai ficar de fora dessa”, disse ele.
Passos da Apple (AAPL34)
A avaliação recente do Morgan Stanley indica que metade das vagas de emprego em IA da Apple (AAPL34) agora incluem o termo “aprendizado profundo”. Ele está relacionado com os algoritmos que alimentam a IA generativa, tecnologia capaz de gerar texto, áudio e códigos parecidos com os humanos em segundos.
John Giannandrea, principal executivo de IA do Google (GOGL34), foi contratado pela fabricante em 2018. Mesmo com o destaque que os concorrentes têm feito ao uso da IA, a Apple (AAPL34) mantém seus planos em segredo, de acordo com fontes da Folha de S. Paulo, ela está trabalhando em seus próprios modelos de tecnologia que são base para os produtos de IA generativa, como o ChatGPT da OpenIA.
Na metade do ano passado, Tim Cook, CEO da Apple (AAPL34), afirmou que tem feito pesquisas em uma ampla gama de tecnologias de IA e investindo e inovando “de forma responsável” quando se trata da nova tecnologia.
Objetivos da Apple
A fabricante do iPhone, segundo a Folha de S. Paulo, parece querer operar IA generativa através de dispositivos móveis. Isso daria aos chatbots e aplicativos de IA funcionalidade no próprio hardware e software do aparelho, dessa forma não seriam mais alimentados por serviços de nuvem em centrais de dados.
Para isso é preciso fazer reduções no tamanho dos grandes modelos de linguagem que servem de alimento à IA, além de processadores de alto desempenho. Alguns das principais concorrentes da Apple (AAPL34), Samsung e Google (GOGL34), saíram na frente e já lançaram novos telefones que, segundo eles, executam recursos de IA generativa pelo próprio aparelho.