A Arezzo&Co está lançando seu primeiro follow-on – quando a empresa que já tem capital aberto pretende abrir novas ofertas subsequentes – em uma proposta de ações com o objetivo de levantar cerca de R$ 800 milhões, em uma estratégia de aquisições que visa criar a maior “house of brands” do País.
A estratégia de “house of brands” condiz com a existência de uma marca mãe, que desenvolve diversas novas marcas destinadas a satisfazer novos segmentos de mercado, independentes da marca mãe. Cada uma é totalmente autônoma, apresentando a sua própria identidade e procurando maximizar o seu impacto no mercado.
A companhia está emitindo 7,5 milhões de ações na oferta-base (R$ 615 milhões na cotação de fechamento desta quarta-feira, 26). Havendo um lote adicional de ações (chamado de hot issue), a oferta aumentará em 35% e chegará a R$ 830 milhões, assumindo a cotação de ontem. Coordenado por Itaú BBA, BTG Pactual, BofA, XP, Santander e UBS BB, a avaliação do preço da oferta (pricing) está marcada para acontecer em 3 de fevereiro.
O plano de tornar-se uma marca mãe pode ser notada desde sua mais recente aquisição da Baw Clothing, marca jovem e nativa digital, em junho do ano passado, quando já estava atrelada a um faturamento de R$ 40 milhões. Além da compra da Carol Bassi.
Depois de comprar a Reserva, e as marcas digitais BAW Clothing e Carol Bassi, a Arezzo&Co manteve conversas preliminares sobre uma fusão com o Grupo Soma, mas o papo não progrediu. Neste sentido, a oferta anunciada agora fortalece o balanço da companhia para a eventualidade de uma transação – e, se ficar restrita a transações menores, a Arezzo&Co terá mais caixa na mão para negociar.