Confirmando as expectativas, a Arezzo (ARZZ3) anunciou um resultado bastante positivo em 2022. Apesar de registrar lucro líquido de R$ 102,7 milhões no quarto trimestre de 2022, uma queda de 7,1% em relação a igual período de 2021, o lucro da companhia cresceu 43,5%, para R$ 422,5 milhões no ano passado. A margem líquida recuou 0,1 ponto percentual, para 9,1%.
“Tivemos um resultado muito equilibrado no ano passado, especialmente porque a base de comparação com 2021 é difícil para qualquer empresa. Mas conseguimos entregar o melhor ano da companhia em seus 50 anos”, afirmou Rafael Sachete, CFO da Arezzo para o InfoMoney.
Na linha de receita líquida, o faturamento cresceu 20% no quarto trimestre de 2022, para R$ 1,3 bilhão. No ano, a alta foi de 44,8%, de R$ 2,9 bilhões para R$ 4,2 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 3% no quarto trimestre, para R$ 196,8 milhões, com margem Ebitda de 14,6/% (-2,4 p.p). Em 2022, o índice chegou a R$ 657,1 milhões, com alta de 43,1% e margem de 15,5%, ante 15,7% de 2021.
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Analistas apostavam em resultado positivo
Analistas ouvidos pelo BP Money já haviam adiantado que a Arezzo deveria apresentar bons resultados. Um dos fatores que explicam o otimismo em torno do resultado é a onda de aquisições feita pela companhia. Nos últimos meses, o grupo adquiriu diversas outras empresas que vendem artigos de luxo. A mais recente aconteceu na última sexta (3), com a compra da grife italiana Paris Texas.
“O resultado do quarto trimestre de 2022 da Arezzo deve vir forte e sólido após as muitas aquisições recentes, em linha com o esperado para o trimestre, com forte crescimento de receita em todas as marcas e margem EBITDA ligeiramente pressionada devido a investimentos estratégicos, em especial pelas aquisições, que agregam em receita, só que também na alavancagem operacional e financeira da empresa”, reforçou o sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, Idean Alves.
Para Idean, o movimento da Arezzo só faz reforçar o sentimento de confiança em relação as ações da empresa. “Os investidores veem a preocupação da companhia em gerar valor para o acionista, agregando marcas de ticket médio mais elevado, e que têm poder de preço junto ao consumidor, e que não sentem tanto em momentos de crise. Tudo isso fazendo dela um dos principais players de moda no Brasil, o qual está colocando pés de forma relevante em sapatos que literalmente valem ouro, e ganha são os acionistas”, pontuou.
