O Assaí (ASAI3) viu suas ações caírem em até 8,45%, a R$ 10,51, às 12h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira (5) após divulgação do balanço do primeiro trimestre de 2023, que foi considerado de “neutro para negativo” por analistas. As informações são do Info Money.
“Acreditamos que o crescimento da receita e a margem Ebitda eram amplamente esperados, mas a perda de lucro líquido pode afetar o sentimento dos investidores”, avaliou o Bradesco BBI antes da abertura do mercado. O banco ainda acredita que o resultado do Assaí indica o cenário competitivo “mais difícil e ventos contrários à desaceleração da inflação de alimentos”, contou a equipe do BBI.
Para o Itaú BBA, o pior fluxo de caixa e a alavancagem, em meio a uma taxa de juros mais elevada no Brasil, foi um ponto de atenção. “Os resultados do Assaí ficaram em linha com nossas expectativas, com um resultado batendo 26% nosso consenso, devido à nossa premissa conservadora para os benefícios fiscais”, afirmou a equipe do banco.
O Morgan Stanley, por outro lado, vê que o processo de abertura de lojas do Assaí deve, de forma natural, diminuir a alavancagem no futuro.
Assaí (ASAI3) registra queda de 66,4% no lucro do 1T23
O Assaí (ASAI3) divulgou nesta quinta-feira (4) seu balanço do primeiro trimestre de 2023. A companhia reportou lucro líquido de R$ 72 milhões entre janeiro e março, queda de 66,4% em relação ao mesmo período de 2022.
Já a receita líquida somou R$ 15,1 bilhões nos primeiros três meses de 2023, alta de 31,9% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. De acordo com o Assaí, o resultado refletiu a performance das 59 lojas inauguradas nos últimos 12 meses.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, por sua vez, totalizou R$ 951 milhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 26,5% na comparação anual. Já a margem Ebitda ajustada atingiu 6,3% no período, baixa de 0,3 ponto porcentual frente a margem registrada na mesma etapa do ano passado.
O resultado financeiro líquido do Assaí foi negativo em R$ 428 milhões entre janeiro e março, alta de 111,9% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.