Divulgação de resultados

Assaí (ASI3): lucro líquido cai 15,7% no terceiro trimestre

Queda foi motivada pelas despesas da companhia e restrições das novas regras de subvenção para investimentos

Foto: Assaí/Reprodução
Foto: Assaí/Reprodução

O lucro líquido do Assaí (ASI3) no terceiro trimestre de 2024 foi de R$ 156 milhões, o que representa queda de 15,7% ante o mesmo período do ano passado. Os resultados da companhia foram divulgados nesta sexta-feira (8).

O desempenho foi afetado pelas despesas da companhia e pelas restrições impostas pelas novas regras para utilização da subvenção para investimentos, afirmou o vice-presidente de Finanças da companhia, Vitor Fagá, ao “Estadão Conteúdo”. Segundo ele, a queda não está relacionada ao desempenho operacional do Assaí.

A companhia teve um Ebitda de R$ 1,376 bilhão, alta de 7% em relação a 2023. Ajustado, o valor ficou em R$ 1,361 bilhão, o que representa alta de 12,3%. Enquanto isso, a receita líquida cresceu 9,2%, com R$ 18,563 bilhões.

O Assaí teve uma relação entre a dívida líquida e Ebitda ajustado de 3,52 vezes, o que representa uma redução de 0,92 vez se comparado ao terceiro trimestre de 2023.

Segundo a companhia, esse nível de alavancagem reflete uma redução na dívida líquida e o crescimento de R$ 766 milhões no Ebitda acumulado de 12 meses, causado pela maturação de novas lojas.

Com a meta de reduzir a alavancagem para 2,6 vezes até o final de 2025, o Assaí cortou pela metade a previsão de aberturas de novas lojas no ano que vem, de 20 para 10.

Assaí (ASAI3) sobe 5% após Receita Federal cancelar bloqueio de R$ 1,26 bi

As ações da rede de atacarejo Assaí (ASAI3) lideram os ganho do Ibovespa durante o primeiro período do pregão desta segunda-feira (14), impulsionadas pela divulgação de um fato relevante na última sexta-feira (11), que resultou na “liberação” de R$ 1,265 bilhão em ativos da companhia.

Por volta das 13h33 (horário de Brasília) as ações subordinadas da rede atacadista, ASAI3, apresentava ganhos de 5,36, cotadas a R$ 7,10.

O Assaí comunicou no sábado (12) que a Receita Federal aceitou um recurso administrativo apresentado pela empresa, cancelando a decisão de 27 de setembro de 2024, que havia determinado o arrolamento de bens no valor de R$ 1,265 bilhão, devido a contingências tributárias da Companhia Brasileira de Distribuição (GPA).

Após a separação do Assaí e do GPA em dezembro de 2020, ambas as partes concordaram que os passivos anteriores à cisão seriam de responsabilidade exclusiva do GPA. 

No entanto, conforme a legislação tributária brasileira, em casos de disputas fiscais, as duas empresas podem ser responsabilizadas por eventuais cobranças.

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