Um membro da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a maioria dos casos de infecções pela nova variante da Covid-19, o Ômicron, são “leves” e que não há evidências de que a eficácia das vacinas tenha sido reduzida pela nova cepa. Contudo, ele destacou que algumas mutações do vírus indicam um aumento na transmissão.
Segundo a instituição, mais de 40 mutações foram detectadas na nova variante.
Ainda há pouco conhecimento sobre a nova cepa. O professor Neil Ferguson declarou nesta quarta-feira (1º), que, provavelmente, no final de dezembro seja possível obter uma imagem mais clara sobre o Ômicron.
“Os vírus irão evoluir para se tornarem mais transmissíveis. Eles podem fazer isso tornando-se mais intrinsecamente transmissíveis e mais infecciosos, como a variante Alfa foi compara com a cepa original da Covid, como a variante Delta era mais infecciosa, na população altamente imune ele podem ganhar transmissibilidade evitando a imunidade”, explicou, de acordo como Sky News.
Além disso, o professor disse que a probabilidade de sobrevivência do paciente é maior. “O que vimos é que Alpha foi mais grave do que a cepa anterior, um pouco, e Delta mais grave novamente, então a tendência que vimos é de maior gravidade e não menos gravidade – felizmente contrariada por um melhor tratamento com anticorpos monoclonais, antivirais e todas as outras drogas, o que significa que as pessoas têm uma chance melhor de sobreviver à COVID grave hoje do que no início da pandemia”, destacou.
Além disso, o Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes (NERVTAG), que informa o governo, alertou que a nova variante pode desencadear uma onda maior que as anteriores vistas no Reino Unido.
Contudo, um membro do Ministério da Saúde de Botswana disse, na terça-feira (30), que 16 dos 19 pacientes infectados eram assintomáticos.
Com essas movimentações, a OMS concordou em iniciar estudos sobre um tratado internacional com a finalidade de evitar futuras pandemias. A agência especializada das Nações Unidas disse que irá iniciar as negociações sobre o acordo e que também está analisando formas de controlar as futuras pandemias.