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Azul (AZUL4) espera sair do Chapter 11 até início de 2026

A primeira audiência da Azul no processo na Justiça dos EUA ocorreu nesta quinta-feira (29)

Azul / Divulgação
Azul / Divulgação

Após anunciar ao mercado que entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA — o conhecido Chapter 11 —, a Azul (AZUL4) afirmou que espera sair do processo entre o final deste ano e início de 2026. 

A empresa vem apurando demanda de múltiplas partes interessadas em sua reestruturação, incluindo de novos investidores, disse o vice-presidente institucional da Azul, Fabio Campos, nesta sexta-feira (30).

“Estamos entrando (na recuperação judicial) com o apoio dos principais envolvidos, e com isso a expectativa é concluir toda a parte judicial até o final do ano e sair do processo por completo no começo do ano que vem”, disse o executivo em entrevista a jornalistas, de acordo com o InfoMoney.

A primeira audiência da companhia aérea no processo na Justiça dos EUA ocorreu nesta quinta-feira (29). Segundo Campos, tanto entre os credores quanto no tribunal, não houve nenhuma negativa aos cerca de 20 pedidos feitos pela empresa.

Além disso, as operações da empresa seguem normalmente e a empresa irá honrar todas as passagens compradas, garantiu o executivo. Ele acrescentou ainda que na segunda-feira a Azul vai anunciar rotas internacionais partindo de Campinas (SP) para o Porto, em Portugal, e para Madri, na Espanha.

Azul (AZUL4) despenca mais de 70% em 2025; BTG e XP revisam ação

O pedido de recuperação judicial que a Azul (AZUL4) moveu nos EUA — Chapter 11 — levou os principais bancos e corretoras ao redor do mundo acenderam o alerta vermelho. No acumulado deste ano, a ação já perdeu mais de 70%, sendo 42% apenas no último mês.

Com o desempenho ruim, nesta quinta-feira (29) o BTG Pactual e a XP Investimentos colocaram a ação da companhia em revisão.

Para completar a crise, os papéis da Azul deixarão de compor todos os índices da B3, após o fechamento desta quinta-feira (29), conforme informado pela operadora da Bolsa nesta semana, seguindo as regras da Bolsa brasileira para empresas em recuperação judicial.