A Azul (AZUL4) informou nesta quarta-feira (28) que um grupo de investidores, representando aproximadamente 86% dos detentores de bônus da empresa com vencimento em 2024 e 2026, aceitou uma proposta de troca de dívida feita pela empresa. Essa proposta tem como objetivo prorrogar os vencimentos dos bônus para 2029 e 2030.
A oferta de troca de dívida foi anunciada pela companhia aérea em 13 de junho e faz parte de um plano de reestruturação mais amplo, que também inclui acordos com arrendadoras de aeronaves visando a redução dos pagamentos.
“Os valores de: (i) US$291.170.000 representam 72.8% do valor total de principal da dívida com vencimento em 2024 e remuneração de 5,875%, e (ii) US$567.602.000 representam 94,6% do valor total de principal da dívida com vencimento em 2026, e com remuneração de 7,250%, foram oferecidos para a troca e não foram renunciados”, diz a Azul.
De acordo com Alex Malfitani, CFO da Azul, a operação de troca de dívida fortalecerá a estrutura de capital da empresa e contribuirá para melhorar a geração de caixa. Malfitani ressalta que todos os acordos foram alcançados de maneira amigável, demonstrando a força dos relacionamentos duradouros e mutuamente benéficos da Azul.
No entanto, a companhia ressalta que não há garantias de que todas as condições necessárias para a realização das ofertas de troca de dívida serão atendidas, nem que as ofertas serão efetivamente concluídas.
Azul (AZUL4): Citi recomenda compra
As ações da Azul (AZUL4) receberam recomendação de compra do banco Citi. Além disso, o banco norte-americano estipulou um preço-alvo de US$ 20,50 para os ADRs (recibo de ação) da companhia aérea.
Na visão dos analistas do Citi, a demanda por passagens aéreas continuará crescendo. A casa ainda avalia que a receita por assento segue próxima a patamares recordes e que agora as pressões cambiais com custos de combustíveis parecem ter queda.
Além disso, ao citar a reestruturação financeira recente da Azul, o banco aponta a redução de alavancagem como um dos principais catalisadores positivos.
“Em outras palavras, mantendo tudo o mais constante, as reduções na alavancagem financeira apontariam para uma alta significativa nas avaliações de ações. Os planos de redução de alavancagem da Azul e da Gol, a valorização contínua do real frente ao dólar americano e a queda nas taxas de juros são apenas algumas das alavancas que também podem movimentar a alavancagem dessas operadoras aéreas”, escreveram os analistas.