Azul (AZUL4) tem prejuízo de R$ 808 mi no primeiro trimestre de 2022

A companhia aérea registrou lucro líquido de R$ 2,65 bilhões no 1T22

A Azul (AZUL4) divulgou seu resultado trimestral nesta segunda-feira (9). A companhia reportou lucro líquido de R$ 2,65 bilhões, ante prejuízo de R$ 1,06 bilhão no mesmo período do ano passado. No entanto, no critério ajustado, a companhia teve prejuízo de R$ 808,4 milhão. 

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 592,7 milhões nos três primeiros meses de 2022, o que representa alta de 357,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A margem de lucro Ebitda foi de 18,6%, alta de 11,5 pontos percentuais na comparação anual. 

O resultado operacional totalizou R$ 70,7 milhões, revertendo resultado negativo de R$ 214,1 milhões no ano passado. A receita operacional bateu recorde, chegando a R$ 3,2 bilhões, alta de 74,9% em comparação ao primeiro trimestre de 2021. Quando comparado com o período pré-pandemia, em 2019, a alta é de 25,6%.

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John Rodgerson, CEO da Azul, disse no balanço que a companhia encerrou o trimestre com nove meses consecutivos de forte e crescente demanda de lazer, ao mesmo tempo em que o corporativo “acelerou rapidamente”. Além disso, afirmou que a elevação das tarifas compensou o aumento dos preços dos combustíveis. 

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Em relação à Ômicron, Rodgerson declarou que “embora tenhamos enfrentado desafios operacionais de curto prazo devido à Ômicron durante o primeiro trimestre de 2022, este efeito já ficou para trás”.

A companhia declarou R$ 6,55 de lucro diluído por ação preferencial e R$ 1,99 de prejuízo ajustado. De acordo com o balanço, este foi o segundo trimestre consecutivo com receita líquida acima dos níveis pré-pandemia. 
 

Guidance da Azul para 2022 e 2023

A empresa também publicou o guidance para o próximo ano. A companhia espera registrar um aumento de aproximadamente 10% em 2022 na comparação com 2019. 

A Azul projeta Ebitda de R$ 4 bilhões em 2022 e de R$ 5,5 bilhões para o ano que vem. “Considerando o cenário atual de demanda, combustível e câmbio, esperamos gerar EBITDA recorde de R$4 bilhões em 2022, mesmo com o impacto da variante Ômicron no primeiro trimestre. Também projetamos um EBITDA de R$ 5,5 bilhões em 2023, comparado ao nosso EBITDA recorde anterior de R$ 3,6 bilhões em 2019”, afirmou a administração da companhia aérea.