A B3 (B3SA3), dona da Bolsa de Valores brasileira, reportou lucro líquido de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2022, uma queda de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior, e de 2,5% ao do segundo trimestre do ano passado.
Já o lucro recorrente foi de R$ 1,15 bilhão, queda de 6,3%. Sem a Neoway, o lucro teria sido de R$ 1,17 bilhão, redução de 5%. Apesar da queda, o número superou a estimativa da Bloomberg, que esperava lucro de R$ 937 milhões.
De acordo com a B3, o lucro mais baixo refletiu o aumento das despesas, principalmente em pessoal e tecnologia.
“No Brasil, o período foi marcado pelas eleições gerais, que influenciaram a atividade do mercado de capitais ao longo do trimestre. Em relação à política monetária, as expectativas se confirmaram e o Banco Central decidiu por manter a taxa de juros em 13,75%, em resposta à deterioração das projeções de inflação e incertezas em relação ao cenário fiscal. Nesse contexto, a B3 apresentou um sólido desempenho operacional”, justificou em documento.
Receita líquida da B3 apresenta alta
A receita líquida da companhia somou R$ 2,3 bilhões, alta de 6%. A empresa explica que a elevação ocorreu, principalmente, pelo aumento na receita dos segmentos balcão e tecnologia, dados e serviços.
O Ebitda, que mede o resultado operacional, ficou em R$ 1,6 bilhão, queda de 1,7%. A margem Ebitda recorrente foi de 70,5%, queda de 541 bps (pontos-base) em relação ao mesmo período do ano anterior.
As despesas somaram R$ 976,5 milhões, aumento de 20,5% ou de 11,2% excluindo os impactos de Neoway.
Entre outubro e dezembro, o volume financeiro médio diário negociado (ADTV) de ações totalizou R$32,3 bilhões no trimestre, crescimento de 2,4%.
Durante o trimestre, foram realizados investimentos de R$ 98,6 milhões, principalmente para atualizações tecnológicas em todos os segmentos da B3, que envolvem investimentos em capacidade e segurança cibernética, e para o desenvolvimento de novos produtos.