O lucro líquido recorrente da B3 (B3SA3) atingiu R$ 1,2 bilhão no segundo trimestre de 2022, um recuo de 0,8% em relação ao mesmo período de 2021, segundo informou a bolsa nesta quinta-feira (11).
Já o lucro líquido atribuído aos acionistas foi de R$ 1,092 bilhão, queda de 8,5% na comparação anual. O recuo do lucro líquido da B3 foi causado pela queda nas receitas e o aumento nas despesas.
A receita total da B3 foi de R$ 2,4 bilhões, baixa de 7,1% ante o mesmo período de 2021, impactada pela queda na receita dos segmentos “Listado” (-10,4%) e “Infraestrutura para financiamento” (-5,3%), explicada pela redução nos financiamentos de veículos com a piora no cenário do setor.
Já a receita líquida da B3 caiu 7,3% no segundo trimestre deste ano, alcançando R$ 2,2 bilhões. O Ebitda recorrente teve queda de 10%, para R$ 1,66 bilhão. A margem Ebitda recorrente foi de 74,4%, uma queda de 652 bps.
O resultado financeiro da B3 foi negativo em R$ 15,3 milhões. Já o patrimônio líquido no final de junho estava em R$ 20,7 bilhões, composto pelo capital social de R$ 12,5 bilhões e pela reserva de capital de R$ 7,9 bilhões.
O volume financeiro médio diário negociado (ADTV) em ações atingiu R$ 28,8, bilhões no período, uma queda de 13,1% e 7,6% em relação ao mesmo intervalo do ano passado e frente ao primeiro trimestre deste ano, respectivamente.
Já no segmento de derivativos listados o volume médio diário negociado (ADV) totalizou 4,3 milhões de contratos, em linha com o mesmo intervalo de 2021 e 3,3% abaixo do primeiro trimestre.
Enquanto isso, segundo a B3, o segmento de Balcão apresentou altas no estoque de instrumentos de renda fixa de 23,5% e 8,4% em relação ao segundo trimestre de 2021 e ao primeiro trimestre, respectivamente, atingindo R$ 4,6 trilhões ao final do trimestre.
O endividamento bruto estava em R$ 12,8 bilhões (75% de longo prazo e 25% de curto prazo), correspondente a 1,9x o Ebitda recorrente dos últimos 12 meses.
Despesas da B3 tem alta
As despesas da B3 somaram R$ 842,5 milhões no segundo trimestre, representando uma alta de 12,4% em 12 meses. Cerca de R$ 307,3 milhões com pessoal e encargos, aumento de 11,7%.
Por fim, a B3 encerrou o segundo trimestre com ativos totais de R$ 47,4 bilhões, queda de 9,8% frente a dezembro de 2021. As disponibilidades e aplicações financeiras (circulante e não-circulante) totalizaram R$ 17,8 bilhões.
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De acordo com a B3, a posição de caixa inclui R$ 360 milhões em juros sobre o capital próprio e R$ 413 milhões em dividendos referentes ao quarto trimestre, ambos pagos em julho de 2022.