Marcelo Vieira, da Startup Green Bug, contou ao BP Money, durante o Bahia Farm Show no painel de sustentabilidade, sobre seu projeto que utiliza sons para identificar ações dentro de propriedades rurais, detalhou como funciona e as principais dificuldades encontradas ao longo da criação do projeto.
Sobre o projeto
O projeto da Startup Green Bug é financiado pela Land Innovation Fund (LIF) que investe em projetos no setor de sustentabilidade. Vieira contou que após o investimento do LIF, o projeto ganhou mais visibilidade.
Vieira explicou que, a ideia do projeto é como se fosse um cachorro na nossa casa que late quando tem alguma coisa suspeita, sendo assim, a startup decidiu trazer o projeto para uma área de grande dimensão, que são as fazendas.
Desse modo, Vieira explicou que o dispositivo de internet foi criado por meio da inteligência artificial que consegue detectar o tipo de som. “Nós treinamos o dispositivo a ouvir o que pode ser interessante para gente, por exemplo, motosserra, que não devia, então nós ensinamos o dispositivo quando ele ouvir o som de uma motosserra, ele gera um alerta, assim como, com arma de fogo de caçadores, barulhos que podem indicar coisas suspeitas acontecendo”, detalhou o criador do projeto.
Dificuldades encontradas
Para Marcelo Vieira, a maior dificuldade encontrada para produzir o projeto, e que as startups focadas em inovação enfrentam, é a oportunidade. “Encontrar alguém que acredite e incentive o seu projeto, abra um tempo na sua agenda para te ouvir, essa é uma grande barreira que nós enfrentamos”, explicou.
“Com o programa, ganhamos oportunidade e foi uma mudança da água pro vinho para nossa startup e com o apoio do Land Innovation Fund (LIF), é como se estivéssemos em uma vitrine, outras pessoas buscam a gente com outras demandas que pelo som, conseguimos solucionar também”, contou.
Expectativa de lançamento
Em relação a perspectiva do projeto, Vieira contou que estão a um ano desenvolvendo o produto, ainda não está pronto, mas já o protótipo funcionando. O projeto já passou pela fase de teste em uma fazenda em Palmas, Tocantins.
“Colhemos algumas amostras e melhorias, agora vamos levar as amostras para laboratório para reformular o que vimos de barreira em campo para trazermos a solução”, contou Vieira.
“Esperamos que até o final do ano tenhamos uma versão para comercializar”, finalizou Vieira no painel de sustentabilidade, no Bahia Farm Show.