Balanço do Bradesco assusta mercado e ações derretem

Analista apontam para um 2022 difícil.

O Bradesco divulgou o seu balanço do quarto trimestre de 2021 na terça-feira (8) e deixou alguns investidores e analistas meio apreensivos. Foi observado que a instituição teve um mau desempenho em algumas linhas, além disso, as projeções para este ano apontam um período de dificuldades.

Diante dessa perspectiva, as ações sentiram o impacto, por volta das 13h45 de quarta-feira (9), os papéis do banco despencaram 7,8% e fecharam o pregão com uma retração de 8,58%, a R$ 20,77. O Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) também derreteram.

Na avaliação da XP, o lucro líquido de R$ 6,6 bilhões ficou 4% inferior às estimativas e 2,7% abaixo do esperado. O dado foi impactado por um ajuste não recorrente de marcação a mercado de TVM – foram reclassificados, indo de “disponíveis para venda” para “negociação”.

A corretora acrescentou que apesar dos 11% no reajuste salarial, as despesas não oriundas de juros aumentaram 9% no ano e 7% nos três meses, para R$ 11,4 bilhões (4% acima das projeções) afetadas por despesas maiores com publicidade e propaganda.

Já a Ativa, classificou o resultado como “misto”, com a receita em linha com as estimativas, mas lucro líquido e resultado operacional inferior em função devido a maiores despesas tributárias e operacionais.

“Apesar de ainda em patamares bem acima da série histórica, os indicadores de qualidade de crédito apresentaram deterioração no período”, destaca, de acordo com o Money Times, o analista Leo Monteiro.

Mas nem tudo foi negativo, Monteiro chamou atenção para o crescimento robusto na carteira de crédito e a elevação da margem financeira, que superaram as estimativas no acumulado do ano.

 

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile