O Sindicato dos Bancários de São Paulo se reuniu nesta quinta-feira (10) com a direção do C6 Bank, na sede da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), para cobrar da instituição o pagamento dos R$ 45 milhões devidos em PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
O sindicato informou que a negociação com a direção do banco prosseguirá no dia 17 de abril. Os bancários alegam que o C6 Bank não pagou devidamente o valor aos bancários, conforme as regras previstas na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria, da qual o C6 é signatário.
A convocação da reunião desta quinta foi intermediada pela Fenaban, após o Sindicato enviar ofício para a entidade cobrando negociação com o C6 sobre o pagamento incorreto da PLR, em flagrante desrespeito à CCT.
Nas redes sociais, o perfil dos Bancários de São Paulo tem feito pressão para o pagamento, e publicou um vídeo da presidente da entidade, Neiva Ribeiro, após o encerramento da reunião.
Funcionários acusam C6 Bank de calote milionário
Uma manifestação em frente à sede do C6 Bank em São Paulo chamou atenção nesta quarta-feira (9). O motivo: os funcionários estão acusando a instituição de não pagar os valores de R$ 45 milhões devidos do PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
Este ano, os bancários do C6 Bank receberiam seu primeiro PLR, visto que o banco vinha tendo repetidos resultados negativos, até conquistar lucros no ano passado. No entanto, a alegação dos funcionários é que a instituição não pagou a participação, ou repassou um valor menor que o devido.
Em uma publicação no X, o sindicato dos bancários de São Paulo afirmou que a primeira situação criada pelo banco com o PLR foi o não pagamento integral da participação a um grupo de funcionários ativos.
Segundo a representação, o C6 teria afirmando que “essas funções não são de bancários e, portanto, não deveriam receber esses valores muito altos”.
Para concretizar o plano de não pagamento, o C6 Bank criou um programa próprio interno de resultados, sem qualquer participação do sindicato, segundo a “Revista Fórum”.
Através dessa manobra, o banco desconsiderou os termos previstos na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) e ignorou a obrigação do pagamento da PLR.
“O C6 deixou de pagar R$ 45 milhões de PLR, devidos aos trabalhadores. Esperamos que o banco reveja seu posicionamento e pague corretamente o que deve. O sindicato solicitou a intermediação da Fenaban em uma nova reunião com o banco para tentar solucionar a questão de forma negocial, antes de tomar as medidas legais. A mobilização dos bancários do C6 é fundamental para solucionar essa questão e qualquer retaliação deve ser denunciada ao sindicato. Só a luta nos garante”, disse a presidente do sindicato.
A manifestação desta quarta-feira não foi o primeiro movimento, o sindicato já vem se mobilizando pelos trabalhadores do C6 Bank e cobrando explicações sobre a situação desde setembro de 2024, quando o banco anunciou que havia tido lucros.