Maurício Quadrado

Banco Central ainda não aprovou aquisição do banco Digimais

O BP Money entrou em contato com Maurício Quadrado, que confirmou que ainda não houve aprovação

Foto: Divulgação
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A compra do banco Digimais, feita pelo veterano do mercado financeiro, Maurício Quadrado, ainda não foi aprovada pelo Banco Central. O BP Money entrou em contato com o empresário que, por meio de sua assessoria, confirmou à informação.

De acordo com ele, a solicitação para autorização da compra do Digimais já foi feita, mas que ainda não houve o aval da autarquia federal. O empresário só irá se pronunciar sobre o tema após a confirmação do negócio.

O portal também entrou em contato com o Banco Central para saber o andamento do processo e se já há previsão de resposta, mas a autarquia federal preferiu não comentar o assunto.

O plano do investidor é aportar R$ 800 milhões na companhia, fazendo a instituição chegar a quase R$ 2 bilhões de patrimônio líquido.

Ligado ao empresário Nelson Tanure, Maurício Quadrado vendeu sua participação no Banco Master e deixou à operação da instituição em setembro de 2024. A aquisição do Digimais marca a preparação para o lançamento do BlueBank.

Digimais será braço de varejo do grupo

A compra do Digimais tem o objetivo de ser o braço de varejo do grupo. O banco mantém operações de financiamento de veículos e crédito consignado, com 100 mil clientes, cerca de R$ 9,1 bilhões em ativos e um patrimônio líquido próximo a R$ 700 milhões.

Segundo dados divulgados recentemente pelo Digimais, relativos ao exercício de 2023, o banco encerrou o período com um lucro líquido de R$ 99,6 milhões, ante um prejuízo de R$ 322,6 milhões em 2022.

Fundado como Banco Renner em 1981, o banco de varejo foi adquirido pela BA Empreendimentos e Participações, ligada ao pastor Edir Macedo e controladora de ativos como o Grupo Record. Em 2009, a companhia adquiriu 40% da empresa para, em 2020, assumir 100% do negócio que acabou rebatizado de Digimais.