O Banco Inter (BIDI11) movimentou um valor de R$ 1,13 bilhão com suas opções de cash-out – quando o acionista opta por receber o valor das suas ações em dinheiro. A informação foi divulgada em um comunicado do banco arquivado na CVM (Comissão de Valores Imobiliários) na noite de segunda-feira (23). O montante é equivalente a 10% do total dos papéis em circulação.
Os acionista da fintech tinham até sexta-feira passada (20) para informarem se preferiam receber BDRs (recibos de ações) ou dinheiro no lugar das ações BIDI11 ou BIDI4 (Banco Inter), que serão desligadas, visto que o banco irá migrar sua base proprietária para os EUA, tendo seus papéis negociados na Nasdaq.
A fintech pagou o cash-out com base na média ponderada dos últimos 30 dias de negociação antes do anúncio da companhia, equivalente a R$ 19,35 por unidade.
Com a operação feita, todas as ações do Banco Inter deixarão de ser negociadas na bolsa de valores brasileira e estarão somente disponíveis na Nasdaq. Assim, o investidor brasileiro poderá utilizar BDRs, como ocorre com outras companhias listadas no exterior, como a XP Investimentos (XPBR31). Com a reorganização, o Inter passará a se chamar Inter&Co Inc.
Segundo a direção do Banco Inter, o banco deve ter 50% de sua receita oriunda do mercado internacional em 2025.
No primeiro trimestre de 2022, a empresa adquiriu a Usend, plataforma digital de envio de dinheiro que permite ao usuário fazer transferências internacionais através do aplicativo. Com a aquisição, o Banco Inter se transformou em uma companhia global com elevado volume de remessas internacionais e serviços digitais para residentes norte-americanos.
Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), cerca de 85% dos acionistas do Banco Inter optaram pela migração para a Nasdaq, incluindo uma reorganização societária. Em 2018, a fintech abriu capital na B3 (Bolsa Brasileira).