Internacionalização

Banco Inter inicia operação de expansão para a Argentina

A proposta da companhia é possibilitar que seus clientes argentinos invistam no exterior

Fonte: Divulgação
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 O Banco Inter vai expandir sua operação para a Argentina através da sua conta global. A nova oferta será disponível graças a uma parceria estratégica com o Grupo Bind. A proposta da companhia é possibilitar que seus clientes argentinos invistam no exterior, oferecer cartões de crédito internacional e salários pagos fora do país para nômades digitais.

Com um total de 36 milhões de clientes, o Inter já opera nos EUA desde 2021. A decisão de expansão para a Argentina também se deveu ao grande fluxo de pessoas entre esses dois países, de acordo com o CEO (presidente executivo) do grupo, João Vitor Menin.

Em entrevista concedida ao jornal Valor Econômico, o dirigente comentou: “É um mercado grande, com quase 45 milhões de pessoas, a expectativa é que seja um negócio muito relevante para nossa conta global”. O Inter afirma que a Argentina marca a primeira fase de uma estratégia que prevê a ida para outros mercados latinos americanos.

Neste momento, o foco da companhia  será em garantir todas as autorizações dos órgãos reguladores. A Argentina pode servir como um projeto piloto para novas estratégias de expansão em países externos, não circuncidados apenas a América Latina.

A Bloomberg questionou sobre os planos de expansão do banco ao vice-presidente financeiro do Inter, Santiago Stel, que é argentino. Ele explicou que a companhia estava ainda muito focada no mercado brasileiro e nos latinos que residem nos EUA. Contudo, admitiu que o banco tem estrutura para expandir suas operações para outros países.

Ativo local

Menin disse que a decisão de expandir para o país portenho não tem relação com o governo do presidente Javier Milei. A expectativa dele é que a operação seja um ativo leve no local. O executivo elenca que os ‘hermanos’ já estão acostumados a enviar dinheiro para fora dada a volatilidade da economia.

Outro elemento seria a quantidade de profissionais autônomos que vendem seus serviços para fora e precisam receber em dólar. A ausência de concorrentes no sentido de concentrar serviços bancários internacionais em um único aplicativo é vista como decisiva por Menin.

“Já amassamos muito barro nos EUA, agora é hora de plugar a operação”, disse em entrevista ao NeoFeed.