Quando Daniel Vorcaro adquiriu o controle do banco Máxima, em 2017, e o renomeou como Banco Master, a meta do plano de negócios apresentado ao BC (Banco Central) era alcançar um patrimônio líquido de R$ 5 bilhões em 2025. Esse objetivo foi antecipado para este ano, visto que em junho o balanço do banco marcou R$ 4,2 billhões em patrimônio.
O Banco Master multiplicou seu capital em quase 12 vezes no período de 5 anos, com o reinvestimento dos lucro representando quase metade desse resultado, enquanto os aportes de Vorcaro e seus outros sócios foi responsável pelo restante.
Os agentes do mercado estão atentos aos crescimento acelerado da instituição, que na linha de captação se sustenta principalmente com CDBs de remuneração atraente distribuídos nas principais plataformas, como XP e BTG, de acordo com o “Valor”.
Algumas fontes apontam que os limites estabelecidos pelo BC recentemento, no que se refere às garantias do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), teriam como endereço o Master, que já tem R$ 28 bilhões emitidos diretamente em CDBs, e outros R$ 12 bilhões de outras instituições do conglomerado.
A nova regra da autarquia limita a garantia do FGC a 6 vezes o patrimônio de uma instituição financeira, ou a 80% da captação total.
Vorcaro, que é presidente do banco, acredita que os bancos pequenos e médios são os mais prejudicados, mas afirmou que o Master está enquadrado.
“Isso afeta bancos menores, que não têm uma grande operação de varejo. Dentro do nosso planejamento estratégico, a gente já estava investindo na diversificação do funding, então isso não cria nenhum ônus”, comentou, segundo o veículo de notícias.
Expansão do Banco Master demandou aportes de R$ 2,7 bilhões
O Banco Master tem emitido letras financeiras, retomou os planos para um bônus externo – possivelmente ainda este ano – e também deve usar o recém-adquirido Will Bank para captar depósitos à vista e reduzir seu custo de captação, como fazem outros bancos digitais, como Nubank e PicPay, foi o que explicou o executivo.
A expansão do Banco Master precisou, até o momento, de aporte de R$ 2,7 bilhões para se sustentar. Os sócios Vorcaro e Augusto Ferreira Lima, líder da área de varejo, têm usado recursos próprios para os investimentos.
Porém, na última operação o antigo controlador do Voiter (ex-Indusval), comprado em 2023, financiou uma parcela de cerca de R$ 400 milhões.
Já Maurício Quadrado, terceiro sócio, que está à frente do banco de investimento, ainda não incorporado, está se financiando a partir da emissão de debêntures, que tem um fundo ligado a Nelson Tanure como um dos debenturistas.
O objetivo dos próximo 5 anos é alcançar os R$ 10 bilhões em patrimônio. Sendo assim, para manter o crescimento, Vorcaro admite que o Banco Master pode aceitar a entrada de novos investidores, sejam estratégicos ou com abertura de capital, porém descartou a venda do grupo.
“Isso está fora de questão, esse é o projeto das nossas vidas. Mas temos planos futuros de ir a mercado.”
O Banco Master também mantem em seu radar as saídas bem-sucedidas de alguns investimentos em participações, como o Biomm, Oncoclínicas e BeFly, entre outros, pensando em elevar o patrimônio.