Banco Master: Haddad está longe de ser um petista radical

Para Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, Fernando Haddad tem buscado dar voz aos investidores

O mercado segue receoso quanto aos rumos econômicos do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém, para Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem buscado dar voz aos investidores.

O chefe da pasta é apontado pelo economista do Banco Master como o “fiador do governo” na busca pela regra e responsabilidade fiscal. 

“Se olharmos o que ele tem defendido, qual estratégia tem adotado e seus discursos, claramente é essa a posição dele”, afirmou Gala a “Suno”. 

Gala lembra do “fogo amigo” que o ministro da Fazenda tem recebido de alas importantes dentro do próprio PT, que são contrárias a uma política fiscal mais moderada. “Haddad está muito longe de ser um petista radical”, opinou.

Gala ainda aponta, ao observar a equipe montada na Fazenda, uma frente ampla na composição da pasta. Afinal, há nomes como Rogério Ceron, economista que participou da redução de dívida da cidade de São Paulo, e Gabriel Galípolo, que já atuou em gestões do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Haddad diz que líderes receberam bem o arcabouço fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (20) que foi “muito boa” a recepção do arcabouço fiscal pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

“Nós expusemos as linhas gerais do arcabouço que vai ser anunciado pelo Presidente da República, acho que a recepção tanto dos líderes quanto dos presidentes foi muito boa, assim como foi dos ministros na sexta-feira, que conheceram o arcabouço na reunião com o presidente, nós estamos confiantes que nós estamos indo pra fase final”, disse Haddad, após se reunir com Pacheco.

Na manhã desta segunda-feira, o ministro da Fazenda apresentou a proposta fiscal ao líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT), e ao líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT).

De acordo com Haddad, faltam apenas “detalhes” para a proposta ser apresentada ao público. “São detalhes pontuais que estou esperando”, revelou.

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