O Banco do Brasil (BBAS3) informou que o atual secretário-executivo do ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, foi eleito o presidente do Conselho de Administração. O anúncio feito na sexta-feira (12) também revelou que a procuradora da Fazenda Nacional Anelize Almeida foi eleita pelo conselho para a posição de vice-presidente do colegiado.
Vale ressaltar que Galípolo foi indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a diretoria de Política Monetária do BC (Banco Central). Galípolo disse à Reuters que, quando for nomeado para o Banco Central, ele deixará o conselho do Banco do Brasil. Sua nomeação ainda precisa ser formalizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e posteriormente aprovada pelo Senado Federal.
Haddad anuncia Galípolo como diretor de políticas monetárias do BC
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou Gabriel Galípolo como novo diretor de políticas monetárias do BC (Banco Central), na manhã desta segunda-feira (8). “A primeira vez que ouvi o nome dele para o Banco Central partiu de Roberto Campos Neto”, afirmou Haddad. Segundo Haddad, a indicação de Galípolo tem como objetivo “aumentar a integração do Banco Central com o Ministério da Fazenda”.
Galípolo assumirá a pasta que foi o principal alvo da disputa entre o governo federal e o copom porque tem influência direta na decisão sobre juros. Fontes do governo chegaram a vazar nomes antes da confirmação de Galípolo.
Gabriel Galípolo
Galípolo é secretário executivo da Fazenda, considerado o cargo “número 2” da pasta.
O atual braço direito de Haddad é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela PUC de São Paulo e chamou atenção ao participar de um jantar com empresários na companhia de Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores. O evento, organizado pelo grupo Esfera Brasil, reuniu nomes de peso do empresariado e mercado financeiro, como André Esteves (BGT Pactual) e Abílio Diniz (Grupo Península).
Na ocasião, Galípolo já era visto como possível nome capaz de promover uma integração entre o então candidato à presidência do PT e o mercado. O perfil “fora da caixa” do economista também chama atenção de ortodoxos de forma geral. Nesse sentido, defende conceitos econômicos desenvolvimentistas, como o apoio do Estado na industrialização e a crítica ao teto de gastos.