O Grupo Iguatemi, junto com o FII (fundo de investimento imobiliário) do Banco do Brasil, BB Premium Malls (BBIG11) compraram uma participação no Shopping RioSul, no Rio de Janeiro. Para os analistas do Bradesco BBI, o negócio pode desencadear discussões importantes sobre os próximos passos do Grupo na área de fusões e aquisições.
Bruno Mendonça, Pedro Lobato e Herman Lee, são os responsáveis pela avaliação do BBI quanto ao negócio do Iguatemi.
“Olhando para o futuro, a conclusão do negócio com o Shopping RioSul provavelmente desencadeará discussões no mercado sobre a potencial venda dos ativos restantes do portfólio da Brookfield, que são as participações nos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista, que estimamos valer cerca de 2,3 bilhões de reais”, consta no documento, de acordo com o “Estadão”.
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A antiga dona da parte no RioSul comprada pelo Iguatemi, Brookfield, zerou sua fatia, seguindo a estratégia de deixar o mercado brasileiro de shoppings.
“A Iguatemi é avaliada como uma candidata natural para participar das negociações, principalmente por causa de sua participação de 12% e direito de preferência no shopping Pátio Higienópolis”, disse a equipe do BBI.
BBI aponta que Iguatemi mostrou capacidade de otimizar seu capital
Pelo lado positivo, diz o relatório, o Iguatemi demonstrou uma impressionante habilidade de negociação com a entrada inesperada no Shopping RioSul, o que mostrou ao mercado sua capacidade de ser criativa na estruturação de um negócio e otimizar o uso do seu capital.
Considerando a participação do BB Asset na negociação, os analistas do BBI ponderam que 80% do caixa do fundo foi comprometido com a aquisição do Shopping RioSul, sendo o “poder de fogo” restante agora “significativamente” menor, com vista a outros ativos importantes que serão ofertados.
O fundo BB Premium Malls terá 33,3% do Shopping, enquanto o Grupo Iguatemi terá 16,6%. “No geral, vemos muitos aspectos positivos no negócio, já que o Shopping RioSul é um ativo premium na cidade do Rio de Janeiro, e a Iguatemi conseguiu estruturar o negócio de uma forma que mitiga significativamente o risco de diluição do fluxo de caixa proveniente das operações”, finalizou a equipe do BBI.
