Antecipando o retorno de Donald Trump à Casa Branca, o governo de Joe Biden finalizou o processo para concessão de subsídio de US$ 6,6 bilhões da Lei dos Chips para a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC).
A depender dos marcos que a empresa atingir, o dinheiro será desembolsado em etapas. Poré, a TSMC deve receber pelo menos US$ 1 bilhão até o final deste ano, afirmaram autoridades do alto escalão do governo Biden, de acordo com o “Valor”.
O investimento total da TSMC nos EUA deve crescer para US$ 65 bilhões, visto que a empresa fabricará chips em três fábricas no Arizona.
Ainda para o primeiro semestre de 2025, a previsão é que a primeira fábrica no Arizona inicie uma produção em alto volume. Já a produção na segunda fábrica tem previsão de início apenas em 2028, enquanto a terceira deve iniciar somente no final da década, segundo fontes do governo Biden.
Além do subsídio de US$ 6,6 bilhões, outros US$ 5 bilhões em empréstimos serão destinados à TSMC, que poderá reivindicar um crédito fiscal de investimento de até 25% das despesas de capital.
“Esta é a primeira vez que poderemos dizer que fabricaremos esses chips de ponta nos Estados Unidos”, disse a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, segundo o veículo de notícias.
“A TSMC confirmou que sua taxa de rendimento, que é um indicador-chave da eficiência da [produção] de chips, é tão boa no Arizona quanto em Taiwan”, afirmou Raimondo.
“Isso é inacreditável. É incrivelmente difícil de fazer e é a primeira vez que isso é feito aqui”, acrescentou.
Biden garante transição de poder ‘pacífica e ordenada’
Após a derrota do partido Democrata com Kamala Harris contra Donald Trump (Republicano) na eleição dos EUA na quarta-feira (6), o atual presidente Joe Biden, garantiu nesta quinta-feira (7) que toda sua equipe estará empenhada em uma transição pacífica e ordenada de poder.
“As pessoas votam e escolhem seus próprios líderes, e o fazem pacificamente. E estamos em uma democracia. A vontade do povo sempre prevalece”, afirmou Biden em pronunciamento na Casa Branca.
Biden afirmou ter ligado para Trump para parabenizá-lo por sua vitória. Durante o discurso, ele soltou algumas indiretas para o republicano, que não aceitou publicamente a derrota há quatro anos.
“As campanhas são uma competição de visões concorrentes. O país escolhe um ou outro. Aceitamos a escolha que o país fez”, disse o presidente, segundo o “InfoMoney”.
“Você não pode amar seu país apenas quando vence. Você não pode amar o próximo apenas quando concorda. Algo que espero que possamos fazer. Não importa em quem você votou, que se veem não como adversários, mas como compatriotas americanos. Abaixe a temperatura”, recomendou.
Biden ressaltou que cumprirá suas obrigações enquanto presidente dos EUA e que honrará a Constituição. “Em 20 de janeiro, teremos uma transferência pacífica de poder aqui na América”, reafirmou.