Em 19 de outubro de 1987, nos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de Nova York sofreu o maior tombo de sua história, que ficou conhecido como “Segunda-feira Negra” (“Black Monday”, em inglês). O índice Dow Jones chegou a cair 22,6% no dia.
A economia dos EUA passava por um período de crescimento de 1986 para 1987, porém indicava uma elevação mais moderada da atividade, acompanhando o avanço das pressões inflacionárias.
Em agosto de 1987, o índice Dow Jones atingiu, no dia 25, a alta histórica de 2.722 pontos. Mas em outubro, o mercado apresentou uma mudança, já sentida no dia 16, quando o índice havia perdido 17% do seu recorde. Na sexta-feira anterior ao Black Monday, o Dow Jones fechou com queda de 4,6% e 2.246 pontos.
Com as quedas que vinham ocorrendo, o secretário de Tesouro norte-americano, da época, James Baker, havia realizado declarações sobre o princípio da tendência de queda dos preços das ações. Após os comentários de Baker, investidores revisaram suas posições em relação ao mercado.
As quedas começaram a ser sentidas na abertura das bolsas asiáticas, com destaque para a bolsa de Hong Kong e em seguida expandiram pelo mundo.
O destaque da época era a notícia que os navios militares dos EUA haviam atacado uma plataforma de petróleo iraquiano no Golfo Pérsico. O conflito entre países era um fator que comprometia o pregão.
Mas de quem é a culpa?
Existem várias teorias sobre o que teria ocasionado o Black Monday. Uma delas é que com a popularização dos computadores, grandes investidores passaram a utilizar o program trading, uma ferramenta de operações rápidas, e neste dia vendas seguidas foram acionadas como estratégia de limitar as perdas.
Há quem diga também que a causa foi uma crise de confiança em relação ao dólar após o tombo da bolsa de Hong Kong, com a disparidade política monetária dos mercados.