Blackstone bate US$ 1 tri de ativos em marco para private equity

A Blackstone reportou o valor de um US$ 1,001 trilhão em ativos sob sua gestão, acima dos US$ 940,8 bilhões do ano anterior

A private equity Blackstone atingiu um feito inédito para o setor. A empresa reportou o valor de um US$ 1,001 trilhão em ativos sob sua gestão, acima dos US$ 940,8 bilhões do ano anterior. É um salto e tanto em relação aos US$ 400.000 de sua estreia em 1985, uma das transformações mais dramáticas no mundo financeiro.

As firmas de private equity se tornaram motores de importantes setores da economia americana e mundial. A Blackstone se tornou a maior de todas, ao se expandir além de suas raízes de aquisições, com todo tipo de produto financeiro fora de ações e títulos, e liderar a mudança do private equity rumo ao vasto mundo dos chamados investimentos alternativos. As informações são da Bloomberg.

Essa estratégia impulsionou um crescimento vertiginoso, com a Blackstone praticamente dobrando seus ativos nos últimos cinco anos. “Começamos com um único fundo de private equity”, disse este ano o bilionário Steve Schwarzman, CEO e co-fundador da Blackstone. “Agora fazemos umas 60 coisas diferentes.”

Nova era

O marco da Blackstone inaugura uma nova era. Empresas que cresceram durante um boom de M&A e políticas de dinheiro fácil enfrentam juros mais altos, concorrência mais acirrada e mais escrutínio público.

O amplo alcance da Blackstone aumentou seu status junto a reguladores e legisladores, e seu império abrange desde imóveis residenciais até o negócio de limpeza de frigoríficos. As cerca de 250 empresas que ela apoia devem colocá-la no centro de um debate sobre as consequências de mais empresas permanecerem com capital fechado.

Seus negociadores ocupam cargos importantes nos conselhos e controlam empresas nos EUA inteiro. Eles moldam negócios que ajudam as pessoas a encontrarem um par romântico, achar casa e manter as luzes acesas. Como a maior proprietária de imóveis comerciais do país, a Blackstone fechou capital de outros fundos imobiliários de uma só vez, ganhando rapidamente bilhões de dólares em apartamentos, data centers e até mesmo moradias estudantis.

O presidente Jon Gray, provável sucessor de Schwarzman, enfrentará o desafio de administrar a crescente influência da empresa. Com o enfraquecimento do boom do private equity, ele enfrentará a pressão dos acionistas para continuar desenvolvendo um negócio cada vez mais complicado em mercados implacáveis.

“Não é a empresa de capital fechado de sua mãe e de seu pai”, disse Gray em entrevista.

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