BNDES pode captar US$ 4,5 bi no exterior para investir no país

Valor diz respeito apenas a linhas com custos competitivos.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) negocia com organismos internacionais a captação de pelo menos US$ 4,5 bilhões para investir nos próximos quatro anos, de acordo com o diretor de Planejamento do banco, Nelson Barbosa, que participou de audiência na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) nesta terça-feira (18). Barbosa lembra que o valor poderá ser investido na economia brasileira até 2026.  

“São negociações que vêm sendo desenvolvidas, algumas inclusive advêm do governo anterior, a juros bastante competitivos. Nosso foco é investir especialmente em micros, pequenas e médias empresas e na infraestrutura brasileira”, anunciou o diretor.

Ministro do Planejamento e da Fazenda no governo de Dilma Rousseff, Barbosa destacou o fato de Dilma estar hoje na presidência do Banco do Brics e Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central, estar na presidência do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Segundo ele, o BNDES negocia uma linha de U$ 1,7 bilhão (R$ 7,99 bilhão) com o banco do Brics e outra de US$ 750 milhões (R$ 3,7 bilhões) com o BID.

Neste último caso, os recursos foram aprovados pela CAE nesta terça e serão direcionados exclusivamente às micros, pequenas e médias empresas.

De acordo com Barbosa, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante iniciou negociações para um empréstimo de US$ 1,3 bilhão com o CDB (Banco de Desenvolvimento da China, na sigla em inglês). Parte do valor, US$ 800 milhões, será usada na modernização da infraestrutura nacional. O BNDES também negocia com o Fida (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola) mais US$ 130 milhões em investimentos na agricultura sustentável, além de outros US$ 610 milhões com outros organismos internacionais.

Além dos recursos a serem captados pelo BNDES, o senador Cid Gomes (PDT-CE) destacou outro aporte de US$ 1 bilhão negociado pelo Ministério da Fazenda com o Banco do Brics, que será destinado exclusivamente para micros e pequenas empresas.

Fonte: Agência Senado