Nesta semana, a XP Investimentos divulgou uma prévia dos resultados da Boa Safra (SOJA3) referentes ao segundo trimestre de 2025 (2T25). De acordo com a corretora, os dados devem oferecer mais transparência em relação aos pedidos pendentes da companhia.
Ainda segundo a XP, a Boa Safra deve revelar dados mais detalhados sobre a produção de sementes, um dos principais pontos negativos nos resultados de 2024. Levando em conta a sazonalidade do setor, a colheita das sementes costuma ser concluída até o final de julho.
Com base na análise pelo método de Fluxo de Caixa Descontado (DCF), os analistas elevaram o preço-alvo das ações de R$ 14,50 para R$ 15,10, projetado para o final de 2026. Esse novo patamar representa um potencial de valorização de 36% em relação ao fechamento de quinta-feira (10), que foi de R$ 11,05. Apesar de o resultado trazer maior transparência, a corretora não acredita que ele será um gatilho para uma reavaliação significativa do ativo.
A XP recomenda a compra das ações, projetando que os pedidos pendentes da empresa possam impulsionar um crescimento entre 30% e 40% nos volumes em relação ao ano anterior.
“Acreditamos que um upside adicional dependerá da entrega consistente dos resultados nos próximos trimestres para sustentar um re-rating (reavaliação) contínuo da ação.”, diz a XP.
Boa Safra (SOJA3) reduz lucro em 62% no 4º trimestre
A Boa Safra (SOJA3) reportou um lucro líquido de R$ 80,263 milhões no quarto trimestre do ano passado, número equivalente a uma queda de 62,68% anualmente.
A produtora brasileira de sementes de soja também viu um recuou de 7,36% em seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no período, para R$ 131,4 milhões.
Enquanto isso, a receita líquida da empresa cresceu 13,78%, para R$ 957 milhões, impulsionada pela concentração das vendas no fim do ano.
No encerramento do ano, a Boa Safra somou um lucro líquido de R$ 160,51 milhões, queda de 53,47% em relação ao ano anterior.
Conforme explicado pela companhia, a razão do recuo foi a redução nas vendas e na rentabilidade, refletindo fatores climáticos, mudanças no mix de produtos e maior carga tributária, segundo o “Money Times”.
Ainda considerando o acumulado do ano passado, o Ebitda ajustado da Boa Safra caiu 35,45% em relação a 2023, para R$ 183,3 milhões. Ao passo que a receita líquida somou R$ 1,841 bilhão, recuo de 11,43% frente a 2023. A margem operacional ficou em 9,96%, abaixo dos 13,66% registrados no ano anterior.