Aumento salarial

Boeing (BOEI34) chega a acordo com sindicato para evitar greve

Além do aumento salarial, o acordo da Boeing inclui concessões sobre benefícios de saúde, aposentadoria e horas extras obrigatórias

Foto: Divulgação / Boeing
Foto: Divulgação / Boeing

A Boeing Co. (BOEI34) e seu maior sindicato firmaram um acordo histórico com potencial para evitar uma greve que poderia paralisar a fabricante de aeronaves dos EUA.

As linhas do acordo tratam de um aumento salarial de 25% ao longo de quatro anos e um compromisso de construir o próximo avião da Boeing na área de Seattle, afirmaram as partes em comunicados.

Além disso, se os trabalhadores aceitarem o acordo haverão incentivos financeiros. Ao todo eles receberiam um aumento salarial imediato de 11%, além de um bônus de US$ 3.000 a ser pago no final do mês, de acordo com o “InfoMoney”.

Houve diversas negociações até que a Boeing e o sindicato fechassem o acordo, com uma votação para greve se aproximando, após o contrato atual expirar à meia-noite de 12 de setembro.

O negócio firmado pode ser uma vitória significativa para o novo CEO da Boeing, Kelly Ortberg, e[quem tem promessas e planos de redefinir as relações trabalhistas, historicamente contenciosas, segundo o veículo.

No entanto, ainda não há certeza sobre se os trabalhadores aceitarão o acordo ou desafiarão sua liderança, devido ao sentimento anti-gestão ainda alto nas fábricas.

Em uma mensagem de vídeo para os funcionários, a presidente e CEO da Commercial Airplanes, Stephanie Pope, teceu elogios ao contrato como o que proporciona o “maior aumento salarial geral de todos os tempos”, segundo o veículo de notícias.

Parceiros

O acordo inclui concessões sobre benefícios de saúde, aposentadoria e horas extras obrigatórias.

“Tão importante quanto, este contrato aprofunda nosso compromisso com o noroeste do Pacífico”, disse Pope, que também é diretora de operações da Boeing. “As raízes da Boeing estão aqui em Washington”, afirmou.

Boeing tem aumento de quase 10x no prejuízo no 2T24

Boeing registrou um prejuízo de US$ 1,43 bilhão no segundo trimestre de 2024 (2T24), quase dez vezes maior do que as perdas do mesmo período no ano anterior.

A receita da fabricante de aeronaves americana foi de US$ 16,9 bilhões entre abril e junho, representando uma redução de 15% em relação ao mesmo período de 2023.

“Apesar de ter sido um trimestre bastante desafiador, fizemos avanços importantes no fortalecimento da cadeia de garantia de qualidade e no posicionamento da companhia para o futuro”, diz Dave Calhoun, diretor-presidente da Boeing, em nota.

A Boeing anunciou também comunicou a nomeação de Kelly Ortberg, um veterano da indústria aeroespacial e ex-executivo da Rockwell Collins, como seu novo presidente. Ortberg será responsável por liderar a recuperação da fabricante de aviões, que recentemente relatou um prejuízo de US$ 1,43 bilhão no 2T24.

A unidade de Defesa e Espaço da Boeing, uma das três principais divisões da empresa, acumulou perdas bilionárias em 2023 e 2022. Executivos da companhia atribuíram essas perdas a custos excessivos associados a contratos de preço fixo.