Caso 737 Max

Boeing (BOEI34): segundo delator morre após infecção repentina

Joshua Dean (45), era ex-funcionário da fornecedora Spirit AeroSystems, morreu menos de 2 meses após John Barnett

Foto: Divulgação / Boeing
Foto: Divulgação / Boeing

Outro denunciante do caso ocorrido no jato 737 Max da Boeing faleceu sob circunstâncias misteriosas. Joshua Dean (45), era ex-funcionário da fornecedora Spirit AeroSystems, e morreu com a contração de um mal súbito, segundo o jornal “The Seattle Times”.

Segundo informações do veículo, Carol Parsons, tia de Joshua, afirmou que o sobrinho apresentou dificuldade de respirar e duas semanas depois foi ao hospital. 

Passaram-se menos de dois meses do aparente suícidio de John Barnett. O engenheiro relatou à Boeing suas preocupações quanto aos problemas de produção da empresa. Ele foi encontrado morto, em março, em um aparente suicídio, segundo autoridades norte-americanas.

Barnett trabalhou na Boeing por 32 anos, até a aposentadoria em 2017.

A relação com a Boeing se encontra no fato de Dean ter testemunhado contra a Spirit, em um processo de acionistas em 2023. Na ocasião, o ex-inspetor de qualidade acusou a companhia de controlar mal a qualidade de produção das aeronaves para a Boeing.

Crise de qualidade e segurança com fornecedora da Boeing (BOEI34) 

A fabricante de aeronaves enfrenta uma crise quanto aos seus padrões de segurança e qualidade desde que um Boeing 737 Max 9 perdeu parte de sua fuselagem em pleno voo. O desprendimento abriu um buraco no avião, exigindo um pouso de emergência. 

As práticas da Spirit ficaram ainda mais visadas quando o “The New York Times” relatou o uso de sabonete líquido para lubrificação de um selo de porta do avião, fato constatado pela Administração Federal de Aviação.

Joshua Dean disse ao “The Wall Street Journal”, em janeiro, que foi demitido pela Spirit por apontar buracos errados nas fuselagens. 

 “É sabido na Spirit que, se você fizer muito barulho e causar muitos problemas, você será movido”, disse Dean ao veículo, de acordo com o “InfoMoney”.

“Isso não significa que você desconsidere completamente as coisas, mas eles não querem que você encontre tudo e escreva”, completou o ex-funcionário.