Foto: Divulgaço
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O mercado global já movimenta mais de US$ 3,1 trilhões em investimentos em 2025, com crescimento médio anual acima de 11%. Em 2024, as receitas do setor subiram 21%, chegando a US$ 378 bilhões, sendo metade desse valor proveniente de empresas de pagamentos digitais.

Nos investimentos, o fluxo destinado a companhias financeiras somou US$ 95,6 bilhões, com mais de US$ 40 bilhões apenas no 2° semestre, mostrando a força da transformação em curso e a busca por soluções ágeis e seguras.

Nesse cenário, rankings empresariais como o The Top 100 Cross-Border Payment Companies ganham destaque por evidenciar não apenas as companhias líderes, mas também os fundos de venture capital que impulsionam seu crescimento.

Esses levantamentos funcionam como termômetro de influência no setor, mostrando quais grupos empresariais estão moldando o futuro e consolidando posições de liderança global.

O Brasil, que já se consolidou como o maior polo de VCs da América Latina, com mais de 1.000 empresas ativas e quase 70% do ecossistema regional, surpreendeu ao alcançar a 2ª posição mundial entre os maiores investidores em pagamentos internacionais.

O levantamento coloca a Bossa Invest ao lado de gigantes como Visa, Goldman Sachs e Sequoia Capital, projetando o ecossistema brasileiro no cenário global.

Para Paulo Tomazela, CEO da Bossa Invest, o resultado é impressionante: “O Brasil deixou de ser apenas consumidor de inovação para se tornar um protagonista no financiamento de empresas que estão moldando o futuro dos pagamentos digitais. Essa posição nos dá voz no cenário global e abre portas para empreendedores locais”.

A presença brasileira nesse ranking reforça um movimento maior: a diversificação de capital e a descentralização da inovação financeira.

Nos últimos anos, os investimentos têm sido direcionados para áreas estratégicas como open finance e inteligência artificial aplicada a serviços bancários, tokenização de ativos e infraestrutura de pagamentos cross-border.

Esses setores são considerados vitais para a próxima fase de transformação do sistema financeiro, em linha com a demanda global por soluções escaláveis, acessíveis e seguras que integrem eficiência tecnológica e inclusão financeira.

Olhando para o futuro, as projeções indicam que o Brasil pode dobrar sua fatia de investimentos internacionais em fintechs até o fim da década, tornando-se não apenas destino de capital estrangeiro, mas também um investidor estratégico em empresas de impacto mundial.

Esse movimento tende a gerar efeitos em cadeia, como maior acesso a crédito, avanço em meios de pagamento e soluções financeiras mais inclusivas.

“O ranking confirma que o Brasil está no radar do Venture Capital global. Isso significa mais oportunidades para empreendedores, mais competitividade para o mercado e mais relevância para o país na economia digital”, conclui Tomazela.