Bossa Summit 2023 encerra primeiro dia com R$ 30 mi em negócios

O valor dos negócios gerados nesta quinta-feira (23), primeiro dia do evento neste ano, já supera os dois dias da edição de 2022

O Bossa Summit 2023 já é um sucesso. O valor dos negócios gerados nesta quinta-feira (23), primeiro dia do evento neste ano, já supera os dois dias da edição de 2022, segundo o CEO do Bossanova, João Kepler.

“A gente deve estar gerando algo perto de R$ 30 milhões em negócios. No ano passado a gente gerou R$ 27 milhões nos dois dias de evento”, disse Kepler ao BP Money. 

“Aqui tem muito investidor buscando oportunidade, tem muita empresa grande buscando contratar pequenas empresas e tem muita startup resolvendo problemas. É um encontro, é um ponto de conexão onde as empresas querem contratar pequenas startups, e as pequenas startups precisam de investimento e encontram investidores”, diz o CEO sobre o sucesso do evento. 

Kepler também vê muitas oportunidades para o setor em 2023, mas preferiu não destacar nenhuma área. “Eu não tenho um setor específico. Eu não aposto em fintech, no agro, não tenho um setor de preferência e todos esses setores tem problema pra resolver. Então eu olho uma startup pelo problema que ela resolve, não pelo setor dela”, destacou. 

Crise no SVB

A crise que levou à falência do SVB (Silicon Valley Bank) não assustou o CEO da Bossanova. A instituição financeira conhecida como o banco das startups quebrou no início deste mês levando outras companhias para o buraco. 

João Kepler disse que, apesar do dinheiro investindo no SVB, a maioria das startups brasileiras não sentiram o impacto da crise. 

“A Bossa só teve uma startup que ficou com um pouco de recurso lá (no SVB), mas dentro do limite de US$ 250 mil dólares que era o limite do fundo garantidor. A Bossa tinha quase US$ 1 milhão lá, então a gente está só sacando, portanto não tivemos nenhum problema com nenhuma startup. Aquelas empresas que ficaram com dinheiro preso estavam dentro do fundo garantidor. Então, não tem muito problema”, avaliou. 

O empresário disse que tirou uma importante lição da crise. Ele acredita que o melhor a se fazer é colocar o dinheiro sempre em locais diferentes para não correr qualquer tipo de risco. 

“O ideal é montar a folha de pagamento em um banco, as despesas do fundo de caixa em um outro banco, se você vai receber um investimentos coloca em outro banco, e não em um banco só. Isso foi uma grande lição que todo mundo teve”. 

Na visão de Kepler, apesar do impacto no sistema financeiro mundial, as startups não correm risco. “Eu acredito nos banco das startup. Não é porque o SVB quebrou que vai acabar as startups, que vai acabar investimento, vai gerar extinção das empresas. Apenas 20% das startups mundiais estavam no SVB, e as outras 80 estavam aonde? Ainda se ficasse com dinheiro preso, 80% das startups iriam sobreviver”, finalizou.

Conheça o evento

Com cinco palcos, cada um deles dedicado a uma ponta do mercado de investimentos, o intuito do evento é incentivar a conexão de um ecossistema que deseja aprender como captar recursos, investir, se relacionar com corporate venture capitals e escalar seu negócio com capital de investimento.

As palestras e atividades contam com investidores, fundos, startups, empreendedores, aceleradoras e corporações. De acordo com a organização, o evento é a oportunidade perfeita para se conectar com todo o mercado de inovação e se expor a novas oportunidades de parcerias e negócios. Em números, o evento pretende reunir 6 mil participantes e 350 expositores.