Bradesco BBI rebaixa Suzano (SUZB3)

Banco estabeleceu preço-alvo de R$ 56 ao final de 2023

O Bradesco BBI rebaixou a recomendação para as ações de compra direto para venda da empresa de papel e celulose Suzano (SUZB3) e estabeleceu um preço-alvo de R$ 56 ao final de 2023. Ainda assim, o banco prevê um desempenho fraco para os papéis nos próximos 6 a 12 meses.

Com a nova estimativa, o valor ainda representa um potencial de alta de cerca de 16% em momento em que os papéis da Suzano acumulam queda de quase 20% no ano.

Nesse sentido, o banco espera por baixa no preço da celulose em meio a fundamentos de oferta e demanda mais fracos. Com isso, os analistas do BBI projetam um excesso de oferta de 1,1 milhão de toneladas em 2022 e de 2,1 milhões de toneladas em 2023.

“Estávamos menos preocupados com a dinâmica do mercado de celulose para 2023, mesmo em um ambiente de oferta em alta, pois estávamos mais construtivos sobre a demanda europeia e chinesa. No entanto, agora incorporamos um ambiente macro mais desafiador na Europa, enquanto a demanda chinesa continua nebulosa e pode ser suportada apenas por algum reabastecimento”, avaliam Thiago Lofiego e Renato Chanes, que assinam o relatório do Bradesco BBI.

Ainda, os analistas incorporaram uma queda de US$ 250 a tonelada no preço da celulose de fibra curta em seu modelo até o final de 2023, atingindo US$ 610 a tonelada no ano que vem e média de US$ 690 a tonelada. Além disso, o banco prevê uma baixa adicional de US$ 110 a tonelada para 2024, atingindo US$ 500 a tonelada em 2024 e com média de US$ 540.

Segundo o relatório do banco, as ações da Suzano são negociadas a 5,2 x o múltiplo EV/Ebitda para 2023. Esse valor, para o Bradesco, é um desvio padrão abaixo de seu múltiplo médio histórico, de cerca de 7x.

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